Brasil será a 6ª economia mais prejudicada por perdas da natureza, diz WWF
O estudo inédito Global Futures, organizado pela WWF, apontou que, caso o mundo continuar fazendo negócios da forma como sempre fez, o Brasil será a sexta economia mais prejudicada por perdas da natureza até 2050. Danos ocasionados na Zona Costeira serão a principal causa dos prejuízos, que podem chegar a US$ 14 bilhões — equivalente a R$ 60 bilhões.
A destruição da zona costeira irá gerar perdas anuais de US$ 12,382 bilhões, seguida por produção florestal (US$ 1,326 bi ou R$ 5.702 bilhões), polinização (US$ 1,013 bi ou R$ 4.356 bilhões), água doce (US$ 0,69 bi ou R$ 2,967 bilhões) e produção pesqueira (US$ 0,108 bi ou R$ 464 milhões).
De acordo com a WWF, a Zona Costeira brasileira, que abriga cerca de 60% da população do país, possui grande vulnerabilidade frente às mudanças climáticas. O aumento do nível do mar e das erosões costeiras, as frequentes e intensas as perdas de bens e pessoas são os aspectos mais visíveis que impactam nas perdas econômicas.
Por outro lado, a produção florestal tem perda da produtividade causada pela mudança das condições climáticas alteradas pelo desmatamento e uso do solo. No último ano o Brasil teve uma taxa de 9.762 km² de desmatamento e as emissões por uso de solo responderam por 44% de toda a emissão do País.
As primeiras colocados na lista, e seus respectivos prejuízos financeiros, são: Estados Unidos da América (US$ 83 bilhões); Japão (US$ 80 bilhões); Reino Unido (US$ 21 bilhões; Índia (US$ 20 bilhões); Austrália (US$ 20 bilhões).
"Este estudo inovador mostra como a natureza perdida não apenas terá um enorme impacto na vida e nos meios de subsistência humanos, mas também será catastrófica para nossa prosperidade futura", disse Marco Lambertini, diretor geral da WWF Internacional.
"Pessoas de todo o mundo já estão sentindo o impacto do aumento dos preços dos alimentos, secas, escassez de mercadorias, inundações extremas e erosão costeira. No entanto, para a próxima geração, as coisas serão muito piores, com trilhões varridos das economias mundiais até 2050", acrescentou.
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