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Guedes pede desculpas às domésticas e defende câmbio flutuante em discurso

O ministro da Economia, Paulo Guedes - Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
O ministro da Economia, Paulo Guedes Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Carla Araújo

Colaboração para o UOL, em Brasília

20/02/2020 12h09

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu desculpas às domésticas hoje em seu discurso no lançamento do Crédito Imobiliário com taxa fixa da Caixa Econômica Federal. Na presença do presidente Jair Bolsonaro e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Guedes disse que o crédito está chegando às camadas mais simples da população.

"Quando fazemos política econômica, pensamos em todos os brasileiros e, particularmente, nos mais humildes. E aquele modelo antigo, com juros lá em cima, transformava os empresários e empreendedores brasileiros em rentistas. Em vez de fazerem investimentos, criarem empregos, rentistas", disse.

"E justamente também as famílias mais humildes, empregadas domésticas, inclusive, a quem eu peço desculpas, se puder ter ofendido, dizendo que a mãe do meu pai foi uma empregada doméstica", reiterou.

O ministro reforçou a avaliação de que o patamar do dólar deve ser mais alto conforme os juros de equilíbrio caem, e afirmou que a economia passará a crescer 2% com as reformas — em declarações ouvidas pelo presidente do Banco Central.

Ele, que recentemente comemorou o dólar alto e disse que empregadas estavam indo à Disney, afirmou em seu discurso que o câmbio é flutuante e minimizou as suas declarações anteriores. "Quem tira do contexto o que nós falamos está semeando discórdia", disse. "Qual o problema de falar para as pessoas irem para o Nordeste?"

"Um Brasil cheio de belezas naturais e as pessoas pensando em não viajar para o Nordeste, para as praias do Nordeste porque estava 50% mais caro ir para o Nordeste brasileiro do que ir para o Exterior", explicou.

Guedes minimizou riscos advindos da "turbulência internacional" e considerou que o Brasil vai "decolar" enquanto o mundo está enfraquecendo e a América Latina está "estagnada".

*Com Reuters