Pedro Reiss, CEO da Wunderman Thompson: "Se dá melhor quem abraça o novo"
Pedro Reiss, CEO da Wunderman Thompson, é o entrevistado do podcast Mídia e Marketing, publicado nesta semana. No papo, Pedro fala sobre as transformações que a publicidade vem atravessando nos últimos anos, além de contar mais sobre iniciativas que a agência tem promovido relacionados à diversidade e assédio.
Segundo o executivo, as mudanças não têm a ver somente com a mudança de geração. "Tem a ver com atitude. Tem gente que gosta de se entender o novo, de se arriscar no novo e essas pessoas estão se dando melhor. É difícil a adaptação num setor como o nosso, porque o passado foi mais rico do que é o presente. A nova geração já nasceu nesse mercado que talvez seja menos glamouroso. Precisamos usar o passado para qualificar o futuro" (no arquivo acima, o trecho está a partir de 8:20), diz Reiss.
O executivo ainda fala sobre a união recente entre a Wunderman e a JWT, que deu origem à Wunderman Thompson, em 2019. "A fusão significa a aceleração de um mesmo projeto que vinha acontecendo dos dois lados: juntar criatividade com tecnologia. A mudança acontece não porque as agências mudam, porque as pessoas mudam. O trabalho que a gente tem para conectar as pessoas com as marcas muda também" (a partir de 15:52).
Enquanto era CEO apenas da Wunderman, antes da fusão, Reiss capitaneou uma importante iniciativa da agência contra o assédio, após uma pesquisa feita no mercado publicitário produzida pelo Grupo de Planejamento (GP). O estudo mostrou que, de 1.400 profissionais do mercado de publicidade entrevistados, 99% afirmaram ter conhecimento de casos de assédio moral ou sexual em empresas de comunicação.
"O trabalho feito pelo GP foi muito importante para ativar uma discussão que estava silenciada no nosso mercado. Eu tive a sorte de ter um grupo voluntário dentro da agência que encampou esse projeto, que escreveu um manual super colaborativo. Isso ajudou muita gente a fazer iniciativas internas, a ter clareza do que é assédio moral e do que é assédio sexual. Não podemos normatizar o assédio. A liderança das instituições precisa ter essa postura", declara (a partir de 25:08).
Sobre as ações publicitárias recentes que fizeram sucesso, Reiss cita o "batom que não sai", iniciativa que uniu a Avon e a jogadora Marta na Copa do Mundo de futebol feminina, no ano passado. "Eu acho esse trabalho sensacional porque ele mostra o que são os tempos de hoje. Uma ação conectada no momento, na cultura, que aparece espontaneamente e que não depende tanto da mídia", afirma (a partir de 31:16).
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