O que mantém país longe de violência é o auxílio de R$ 600, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, entender que o pagamento do auxílio emergencial tem mantido os brasileiros "longe de saques e da violência". O mandatário não apresentou informações concretas ou dados que justifiquem o seu raciocínio.
De acordo com a argumentação ele, o benefício teria atenuado os efeitos dos prejuízos à economia decorrentes de ações restritivas adotadas para conter o alastramento do coronavírus.
O que está mantendo o Brasil longe de saque e violência são os R$ 600.
Jair Bolsonaro
"Você tem um limite para acabar. Daqui a dois meses acaba. Se a economia não voltar a funcionar até lá, teremos problemas seríssimos no Brasil", completou. O auxílio emergencial tem duração de três meses.
Bolsonaro tem defendido sistematicamente a flexibilização da quarentena, medida necessário ao enfrentamento à pandemia, e o retorno à normalidade. A postura o colocou em rota de colisão com governadores, prefeitos, comunidade científica e vários setores da sociedade.
Hoje, Bolsonaro repetiu que é preciso pensar na questão do desemprego, e não somente nas ações de saúde.
"Desde que começou (a pandemia) eu falei que não poderíamos abandonar a questão do desemprego. Chegou a um nível insustentável."
Segundo números divulgados no dia 1º de maio pela Dataprev, empresa pública responsável por identificar quem está apto para receber o dinheiro, 96,9 milhões de CPFs foram enviados à Caixa Econômica Federal para receber do governo o auxílio.
Destes, 50,52 milhões atenderam aos critérios da lei e foram liberados para receber o benefício, cerca equivalente a 52,1% do total.
Ainda de acordo com o órgão, que homologa os dados junto ao Ministério da Cidadania, outros 32,77 milhões estão inelegíveis e não poderão receber o auxílio (33,8%). 13,67 milhões (14,1%) ainda foram classificados como inconclusivos, por falta de informação nos cadastros.
Segundo o Ministério da Saúde, existem 107.780 casos confirmados de Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, e 7.321 pessoas já morreram.
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