Covas diz que SP pode ter perda de até R$ 9,5 bi e recursos duram até junho
A cidade de São Paulo terá uma perda de arrecadação com a pandemia do coronavírus que pode chegar perto da casa dos R$ 10 bilhões. A previsão foi feita hoje pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), que já conta com a ajuda do projeto de socorro a estados e municípios que deve ser sancionado em breve pelo presidente Jair Bolsonaro.
"Já prevemos uma perda de arrecadação de, no cenário mais otimista, R$ 7,7 bilhões e, mais negativo, R$ 9,5 bilhões. De um orçamento de R$ 68 bi, estamos falando de 12 a 15% de perda de arrecadação total aqui em São Paulo", disse Covas em entrevista à CNN.
O prefeito paulistano lembrou que antes do início da pandemia a cidade tinha um superávit, o que permitiu que os gastos fossem elevados para tentar controlar o avanço da covid-19 na capital.
"Tínhamos um superávit de R$ 2,5 bilhões", afirmou Covas, projetando a aprovação do projeto de socorro que aguarda a sanção de Bolsonaro. "Esse projeto sendo sancionado traz uma ajuda de 3,6 bilhões", explicou.
O projeto, porém, ainda pode ter vetos pelo presidente. Bolsonaro marcou uma reunião virtual para a manhã de quinta-feira (21) com todos os 27 governadores para discutir a proposta.
Alternativas à ajuda federal
Com São Paulo já tendo gasto mais de R$ 1,2 bilhão em saúde por causa da pandemia segundo Covas, a expectativa da cidade é recorrer aos fundos municipais para cobrir os gastos. Mesmo assim, os recursos devem durar apenas até junho caso a epidemia continue avançando.
"Já temos autorização para usar os fundos municipais, mais R$ 1,5 bilhão", disse o prefeito. "Temos condição de atravessar essa pandemia até junho agora. Passando, vamos ter que cortar investimento, obra na Prefeitura, para não deixar pessoas desempregadas, principalmente os 108 mil terceirizados."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.