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Covas diz que SP pode ter perda de até R$ 9,5 bi e recursos duram até junho

Prefeito de São Paulo está preocupado com evolução da pandemia e falta de recursos - PAULO GUERETA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Prefeito de São Paulo está preocupado com evolução da pandemia e falta de recursos Imagem: PAULO GUERETA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

19/05/2020 13h06

A cidade de São Paulo terá uma perda de arrecadação com a pandemia do coronavírus que pode chegar perto da casa dos R$ 10 bilhões. A previsão foi feita hoje pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), que já conta com a ajuda do projeto de socorro a estados e municípios que deve ser sancionado em breve pelo presidente Jair Bolsonaro.

"Já prevemos uma perda de arrecadação de, no cenário mais otimista, R$ 7,7 bilhões e, mais negativo, R$ 9,5 bilhões. De um orçamento de R$ 68 bi, estamos falando de 12 a 15% de perda de arrecadação total aqui em São Paulo", disse Covas em entrevista à CNN.

O prefeito paulistano lembrou que antes do início da pandemia a cidade tinha um superávit, o que permitiu que os gastos fossem elevados para tentar controlar o avanço da covid-19 na capital.

"Tínhamos um superávit de R$ 2,5 bilhões", afirmou Covas, projetando a aprovação do projeto de socorro que aguarda a sanção de Bolsonaro. "Esse projeto sendo sancionado traz uma ajuda de 3,6 bilhões", explicou.

O projeto, porém, ainda pode ter vetos pelo presidente. Bolsonaro marcou uma reunião virtual para a manhã de quinta-feira (21) com todos os 27 governadores para discutir a proposta.

Alternativas à ajuda federal

Com São Paulo já tendo gasto mais de R$ 1,2 bilhão em saúde por causa da pandemia segundo Covas, a expectativa da cidade é recorrer aos fundos municipais para cobrir os gastos. Mesmo assim, os recursos devem durar apenas até junho caso a epidemia continue avançando.

"Já temos autorização para usar os fundos municipais, mais R$ 1,5 bilhão", disse o prefeito. "Temos condição de atravessar essa pandemia até junho agora. Passando, vamos ter que cortar investimento, obra na Prefeitura, para não deixar pessoas desempregadas, principalmente os 108 mil terceirizados."