Secretário admite continuidade de auxílio emergencial com valor de R$ 200
O secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, reconheceu hoje que o plano do governo é manter o auxílio emergencial, mas com valor inferior às três parcelas anunciadas inicialmente de R$ 600. A ideia é usar o valor médio de pagamento do Bolsa Família, que é de R$ 200 ao mês.
"Dados os benefícios (do auxílio emergencial), tanto diretos como indiretos, o ministro (Paulo Guedes) chegou a comentar uma referência nesse caso que é o Bolsa Família, que tem um ticket médio de R$ 200 por mês", disse Rodrigues em entrevista à Globonews.
O secretário justificou que o auxílio tem provocado um impacto positivo muito importante na economia, e por isso seria fundamental dar continuidade a essa ajuda a informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados.
"Quando olhamos o auxílio emergencial e a extensão da crise, que é imprevisível, a preocupação do Ministério é de que haja uma transição para esse programa, para que não deixemos os mais vulneráveis", explicou Rodrigues.
"De todas as medidas que o governo já tomou, em torno de 20 medidas, um número realmente elevado, dessas o auxílio emergencial é o que tem mais impacto fiscal, a gente estima em R$ 51,5 bilhões", acrescentou o secretário. "O impacto de mais de R$ 50 bilhões por mês é muito elevado. Por exemplo, é o dobro do Bolsa Família para todo o ano."
Esse gasto elevado é o que motiva a redução do valor das parcelas mensais, segundo o governo. O pagamento do auxílio de R$ 600 estava programado para apenas três meses e o Ministério da Economia já antecipou que esse modelo não será prorrogado. As três parcelas com valor maior terminam em junho.
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