Dólar tem 6ª queda, a R$ 5,283; Bolsa sobe 3% e tem maior nível desde março
O dólar comercial emendou a sexta queda seguida, de 1,44%, vendido a R$ 5,283, o menor valor em mais de um mês, desde 17 de abril (R$ 5,236).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta de 2,9%, a 87.946,25 pontos, o maior nível desde 10 de março (92.214,47).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Plano de recuperação europeu
A União Europeia apresentou um plano de recuperação no valor total de 750 bilhões de euros para ajudar o bloco econômico a se recuperar dos fortes impactos do coronavírus.
Segundo Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora, os estímulos da Europa deixaram os mercados mais otimistas, o que abre espaço para a possibilidade de queda ainda mais ampla no dólar.
A sequência de quedas acontece depois que o dólar ficou a poucos centavos de superar a marca histórica de R$ 6 em meados de março, impulsionado por um ambiente de juros baixos e incertezas políticas e econômicas.
Segundo analistas, as esperanças de retomada das atividades nas principais economias, medidas massivas de estímulo no exterior e um alívio no clima político brasileiro nos últimos dias têm garantido a recuperação do real.
Tensão entre EUA e China
No entanto, a retomada das tensões entre os Estados Unidos e a China continuava no foco dos investidores nesta quarta-feira, alertou Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora, em nota.
A agitação social em Hong Kong, decorrente de uma legislação de segurança anunciada pela China, levou a ameaças de sanções por parte dos Estados Unidos, depois que, na terça-feira, um assessor econômico da Casa Branca disse que o presidente norte-americano, Donald Trump, está tão "irritado" com Pequim devido ao novo coronavírus que o acordo comercial entre os dois países não é mais tão importante para ele.
Por enquanto, "em que pese o ambiente de tensão entre as duas superpotências econômicas, predomina o bom humor de parte dos investidores internacionais", escreveu Gomes da Silva.
Perda de empregos
No Brasil, o governo divulgou com meses de atraso os primeiros dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), sobre emprego com carteira assinada em 2020. O país perdeu um número recorde de 763.232 vagas de janeiro a abril, o pior desempenho para o período desde o início da série histórica, em 2010.
Em janeiro e fevereiro, foram criados 337.973 vagas. Os impactos da pandemia começaram em março e se estenderam por todo o mês de abril. Como resultado, a perda de vagas só nesses dois meses passou de 1,1 milhão. Só em abril, foram cortadas 860.503 vagas.
*Com Reuters
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