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Fazer dinheiro chegar a microempresários é prioridade, diz Rodrigo Maia

Do UOL, em São Paulo

01/06/2020 16h37

O Brasil já superou mais de 500 mil casos do novo coronavírus e tem sofrido os reflexos do impacto da pandemia na economia. Para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o país tem um grande obstáculo para superar neste momento: a dificuldade para que o crédito chegue a microempresários.

"Estamos com um problema muito grave: com os programas aprovados tanto pelo governo quanto pelo Congresso, de capital de giro para micro e pequenas empresas, o dinheiro não chegou na ponta", afirmou Maia no UOL Entrevista de hoje. "Nós já estamos há meses na pandemia. Essa deveria ser nossa prioridade: recursos para salvar vidas e garantir condições para que o sistema bancário coloque dinheiro nas mãos de micros e pequenos empresários. Imagine o desespero no setor do turismo, aviação."

Ao mesmo tempo em que a economia sofre o impacto da pandemia, o Brasil vive a crise da covid-19 e uma crise política. Para Maia, no entanto, se o combate ao coronavírus tivesse sido feito de maneira adequada, o país poderia reagir mais rapidamente em outros setores.

"Em um momento como esse estamos discutindo manifestações, deveríamos estar discutindo achatamento da curva, quantas vidas estamos salvando", exemplificou Maia.

O presidente da Câmara afirmou que a casa está "trabalhando em conjunto com o governo", mas afirmou que não há "recursos para tudo".

"Eu acho que será necessário para alguns setores renovar a MP 936 (que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda) que a Câmara já aprovou do emprego, nós abrirmos essa oportunidade. Virar um debate fundamental que é a renovação da renda mínima de R$ 600, nós sabemos que ele custa muito mas temos que conseguir construir os espaços no orçamento para que ele possa permanecer por mais algum período", analisou.

"Para ser definitivo, você tem que discutir e trabalhar o orçamento brasileiro. A PEC da Guerra autoriza que seja provisório. Para ser um valor permanente, você tem que discutir todas as políticas públicas existentes na área do emprego e social para ver onde se tem espaço para uma renda mínima. Eu sou a favor desse debate, contanto com ele seja lastreado pela nossa realidade fiscal. Nós temos o teto de gastos que não pode ser desrespeitado, temos uma lei de responsabilidade fiscal", acrescentou.