Preços caem 0,38% em maio, maior recuo desde agosto de 1998, diz IBGE
A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou maio em -0,38%. Essa é a maior queda mensal de preços médios desde agosto de 1998 (-0,51%).
Em maio de 2019, a taxa havia ficado em 0,13%. No ano, o IPCA registra -0,16%. Nos últimos doze meses, o índice é de 1,88%.
Com isso, a inflação fica abaixo da meta do governo para este ano, que é de 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 2,5% e 5,5%.
Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Combustíveis e passagem área puxam índice para baixo
Novamente o índice foi puxado para baixo por causa da queda nos preços dos combustíveis (-4,56%). A gasolina foi o item que teve o maior peso (-0,2 ponto percentual), com desvalorização de 4,35% no mês passado.
O etanol seguiu o mesmo movimento, com variação de -5,96% em maio, enquanto o óleo diesel teve queda de 6,44%.
As passagens aéreas recuaram 27,14%, contribuindo com -0,16 ponto no IPCA de maio.
Artigos para a casa ficam mais caros
Os artigos de residência tiveram alta média nos preços de 0,58%, apresentando a maior variação positiva de maio.
A alta teve influência dos artigos de TV, som e informática (4,57%). Os preços dos eletrodomésticos e equipamentos (1,98%) também subiram, enquanto itens de mobiliário caíram 3,17%.
Conta de luz mais barata
Os itens considerados nos preços de habitação registraram queda de -0,25%. A maior contribuição negativa veio da energia elétrica (-0,58%).
Em maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz, até o fim de 2020.
IBGE suspende coleta de dados presencial
Por causa da pandemia do coronavírus, o IBGE suspendeu a coleta de preços presencial nos locais de compra, referente aos índices de preços do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (IPCA, IPCA-15, IPCA-E e INPC).
Juros x inflação
Para tentar controlar a inflação, o Banco Central pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e estimular a queda de preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para impulsionar o consumo.
Na última reunião, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu reduzir taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, de 3,75% para 3% ao ano. É a menor taxa desde que o Copom foi criado, em 1996.
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