Caixa estuda parceria com maquininhas de cartão para empréstimo a empresas
A Caixa deve iniciar uma parceria com maquininhas de cartão para que essas empresas distribuam parte dos R$ 3 bilhões destinados para empréstimos com garantia do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Segundo técnicos da equipe econômica, as credenciadoras seriam agentes repassadores do crédito e seriam remuneradas para fazer esse serviço. Os detalhes ainda estão em discussão pela equipe econômica e pelo banco público.
O Pronampe foi criado pelo governo para oferecer empréstimos para empreendedores individuais, micro e pequenas empresas. Os recursos são emprestados pelos próprios bancos e têm garantia do FGO (Fundo Garantidor de Operações), um fundo público. Em caso de prejuízo, o governo cobrirá até 85% das perdas totais das carteiras do Pronampe.
Os empréstimos do Pronampe têm taxa de juros anual igual à Selic, mais 1,25 pp ao ano. Atualmente, a Selic está em 2,25% ao ano. Com isso, a taxa máxima anual seria de 3,5%. Além disso, os financiamentos têm prazo de 36 meses, com oito de carência.
Até o momento, somente a Caixa foi habilitada pelo governo para oferecer esse crédito, segundo dados disponíveis no Portal do Empreendedor. O mesmo integrante da equipe do ministro Paulo Guedes também afirmou que o Itaú Unibanco deve ser habilitado até a próxima semana para oferecer empréstimos nas condições do Pronampe. Procurado, o Itaú não se manifestou até a publicação desta matéria.
"O desempenho do Pronampe está melhor do que o esperado. A Caixa já emprestou R$ 160 milhões dois dias depois de anunciar a linha e está fechando uma parceria com as maquininhas de cartão para distribuir a linha de crédito", declarou um técnico do Ministério da Economia. Procurada, a Caixa também não se manifestou.
Plano B: linha para empresas que faturam até R$ 360 mil
A fonte também declarou que a criação de uma linha exclusiva para empresas com faturamento de até R$ 360 mil e para autônomos seria um "plano B" em caso de o Pronampe não decolar. Segundo os jornais "Valor Econômico" e "O Globo", o governo estuda oferecer R$ 10 bilhões em garantias para operações de crédito exclusivas para esse público.
Nesse plano alternativo, os empréstimos seriam oferecidos pelas maquininhas com recursos próprios para empresas que realizaram vendas mensais com cartões entre R$ 3,2 mil e R$ 30 mil, entre novembro de 2019 e março de 2020.
O prazo para pagamento seria de até 36 meses e os juros seriam iguais à Selic (2,25% ao ano). As vendas dos lojistas e dos autônomos em cartão seriam dadas como garantia. Para pagar o empréstimo, o lojista autorizaria um desconto de 5% do faturamento com vendas pelas maquininhas.
"Essa linha seria um plano B se o Pronampe não decolasse. Não me parece o caso no momento. Na prática, me parece mais fácil discutir um novo aporte de R$ 10 bilhões no fundo garantidor do Pronampe do que criar uma linha de crédito", disse o técnico da equipe econômica.
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