Presidente do BB diz que não se adaptou à cultura de compadrio de Brasília
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou hoje que decidiu deixar o cargo por "não se adaptar à cultura de privilégios, compadrio e corrupção de Brasília". Ele não quis citar um fato específico e disse que se referia ao ambiente político da capital do país. A declaração de Novaes foi dada em entrevista concedida por telefone à CNN Brasil.
Novaes, entregou nesta sexta-feira (24) um pedido de renúncia do cargo ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A informação foi dada pelo próprio banco, em comunicado de fato relevante distribuído à imprensa e ao mercado financeiro. Ele ocupava o posto desde o início do governo, em janeiro de 2019.
O comunicado informa que Novaes, de 74 anos, deixa o cargo por entender que a "companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário".
Novaes afirmou à "CNN Brasil" que já havia enviado, em maio, uma carta expressando a Guedes seu desejo de deixar o banco em agosto, após apresentar os resultados financeiros do primeiro semestre e completar 75 anos. "O banco precisa de um executivo jovem afinado com todas essas transformações", afirmou.
O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, com participação majoritária da União, sendo a maior instituição financeira do país, com mais de R$ 1,57 trilhão em ativos. Juntamente com a Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco da Amazônia e o Banco do Nordeste, o Banco do Brasil é um dos cinco bancos públicos controlados pelo governo brasileiro.
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