Inquérito é 'ilegal' e falar em fraude é 'descabido', diz defesa de Guedes
Os advogados do ministro da Economia, Paulo Guedes, disseram hoje que as informações prestadas pela Força-Tarefa Greenfield, do MPF (Ministério Público Federal), ao desembargador federal Ney Bello Filho provam que o inquérito contra Guedes é "ilegal" e que acusá-lo de fraude seria "descabido".
As manifestações da Greenfield dizem respeito a dois procedimentos de investigação criminal sobre o ministro. O MPF vinha apurando supostas ocorrências de gestão temerária e fraudulenta envolvendo recursos financiados por fundos de pensão. Na semana passada, porém, o inquérito foi suspenso.
"O MPF, em nenhuma linha, justifica o fato de ter omitido a existência de decisão da CVM [Comissão de Valores Mobiliários], que expressamente reconheceu a lucratividade e legalidade dos fundos 'investigados', eximindo-se, ainda, de sua obrigação processual de ter que juntar aos autos tais documentos que inocentam Paulo Guedes", argumentam os advogados em nota.
Segundo a defesa de Guedes, "é descabido e persecutório falar em fraude", e a prova disso seria o fato de que os fundos da gestora do ministro deram lucro aos fundos de pensão.
A Greenfield, em contrapartida, alega que todos os documentos solicitados pelo ministro foram incluídos no processo. Apesar da contestação da defesa de que as declarações da CVM não foram anexadas aos autos, tal pedido não foi feito, dizem os procuradores.
"O esforço de Paulo Guedes para arquivar a investigação sobre o investimento suspeitíssimo na empresa Enesa Participações S.A. deve ser entendido como uma tentativa de colocar para 'debaixo do tapete' um dano — possivelmente criminal — multimilionário, que hoje contribui para a situação delicada por que passam os maiores fundos de pensão do país", sustentou a Força-Tarefa.
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