Bolsonaro busca 'meio-termo' para prorrogação de auxílio: 'R$ 600 é muito'
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje, em cerimônia ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes, que espera, em parceria com o Congresso Nacional, encontrar um 'meio-termo' sobre a prorrogação do auxílio emergencial.
"Hoje tomei café da manhã com o [presidente da Câmara, Rodrigo] Maia (DEM-RJ), e tratamos deste assunto. Os R$ 600 pesa muito para a União, porque é endividamento. E se o país endivida, você perde credibilidade", disse Bolsonaro.
"R$ 600 é muito, R$ 200 é pouco. Mas dá para chegar a um meio-termo e ser prorrogado por alguns meses, talvez até o final do ano de modo que consigamos sair dessa situação. Fazendo com o que os empregos voltem à normalidade", acrescentou.
O governo federal estuda a liberação de mais parcelas do auxílio, além das cinco já aprovadas, porém, a medida depende de ajustes no Orçamento.
A lei aprovada pelo Congresso dá ao presidente Bolsonaro autonomia para liberar novas parcelas de R$ 600 (ou R$ 1.200 para mães chefe de família) até o final do ano, desde que indique de onde virá o dinheiro. Se quiser reduzir o valor das parcelas ou prorrogar o auxílio para 2021, o governo precisará da aprovação da Câmara e do Senado.
Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que espera uma posição oficial do governo sobre a prorrogação do pagamento do auxílio e também da criação de um programa de renda básica, para se iniciar a discussão sobre de onde viriam os recursos para isso, sem afetar o teto de gastos.
"Temos de esperar a posição oficial do governo sobre esse assunto. A gente sabe que o auxílio foi fundamental, urgente e teve um impacto muito grande para milhões de brasileiros. O governo vai precisar apresentar sua posição em relação às condições de prorrogar, em qual valor, para que a gente saiba qual impacto que isso tem nas contas públicas", disse Maia.
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