Produção industrial tem 4º mês de alta, mas cai 8,6% no ano, diz IBGE
A produção industrial brasileira registrou alta de 3,2% em agosto na comparação com julho, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados fazem parte da PIM (Pesquisa Industrial Mensal).
Mesmo com quatro altas consecutivas, o indicador ainda não eliminou totalmente a perda de 27% acumulada entre março e abril, no início da pandemia do novo coronavírus, quando a produção industrial caiu ao patamar mais baixo da série.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 2,7%, décimo resultado negativo seguido nessa comparação. Com isso, o setor acumula perda de 8,6% no ano e de 5,7% em doze meses.
As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 3,4% na variação mensal e de queda de 2,2% na base anual.
O avanço de 3,2% da atividade industrial, de julho para agosto deste ano, alcançou todas as grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos pesquisados.
Produção da atividade de veículos avança 19,2% frente a julho
A influência positiva mais relevante entre as atividades foi a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 19,2% em agosto, impulsionada, em grande medida, pela continuidade do retorno à produção após a interrupção por causa da pandemia.
O setor acumulou expansão de 901,6% em quatro meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda está 22,4% abaixo do patamar de fevereiro último.
Outras contribuições positivas sobre o total da indústria vieram de produtos de couro, artigos para viagem e calçados (14,9%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,5%), de produtos têxteis (9,1%), de borracha e de material plástico (5,8%) e de produtos de minerais não-metálicos (4,9%).
Ainda figuram na relação produtos de coque e derivados do petróleo e biocombustíveis (3,9%), de metalurgia (3,2%), de produtos de metal (3,1%), de indústrias extrativas (2,6%) e de produtos alimentícios (1,0%).
Entre os ramos que apontaram redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-9,7%) e bebidas (-2,5%) assinalaram os principais impactos negativos nesse mês.
Bens de consumo duráveis
Em relação a julho, bens de consumo duráveis, ao crescer 18,5%, tiveram a taxa positiva mais acentuada em agosto, sendo o quarto mês seguido de expansão na produção, acumulando nesse período avanço de 524,2%. Mas o segmento ainda se encontra 3% abaixo do patamar de fevereiro último.
Os setores produtores de bens de capital (2,4%), de bens intermediários (2,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,6%) também assinalaram crescimento nesse mês, mas com todos avançando abaixo da média da indústria (3,2%). Todos esses segmentos apontaram expansão pelo quarto mês consecutivo e acumularam nesse período ganhos de 76,4%, 25,2% e 25%, respectivamente.
* Com informações da Reuters
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