Dólar tem maior queda em mais de um mês e vai a R$ 5,566; Bolsa salta 2,21%
O dólar comercial fechou hoje (5) em queda de 1,76%, cotado a R$ 5,566 na venda. Foi a maior queda diária desde 28 de agosto (-2,92%) e interrompeu uma sequência de duas altas consecutivas. Na sexta-feira (2) a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 5,666, com valorização de 0,21%, e emendou a quarta semana de alta (+2,02%).
O índice Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta de 2,21%, aos 96.089,19 pontos —a maior alta no dia desde 1º de setembro (2,82%). Na sexta-feira, o índice terminou a sessão com desvalorização de 1,53%, aos 94.015,68 pontos, e chegou à quinta semana seguida de queda acumulada, com recuo de 3,08%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Otimismo com cenário americano
Investidores mostravam maior apetite ao risco, diante da melhora da saúde do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode sair do hospital ainda nesta segunda-feira.
A notícia de que o presidente da maior economia do mundo foi infectado por uma doença que já matou mais de 200 mil norte-americanos abalou os mercados globais na sexta-feira, uma vez que aprofundou incertezas em torno da corrida eleitoral nos EUA.
"A atenção dada pelos investidores ao estado de saúde do presidente Donald Trump é a prova de que o 'modo eleições' está ativado ao máximo no mercado financeiro", disse em nota Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, destacando a "'escolha de Sofia' dos norte-americanos, entre um presidente atípico, polêmico e impulsivo e o conjunto democrata, com resultados muito discutíveis em nível regional nos EUA".
Em nota, analistas da Levante investimentos opinaram que "Trump é o favorito dos investidores, e seu retorno anima o mercado, não apenas em termos eleitorais, mas com a perspectiva de mais facilidade na aprovação de um pacote de auxílio econômico pelo Congresso dos Estados Unidos".
As negociações de um novo pacote de estímulo nos Estados Unidos são consideradas determinantes para uma recuperação econômica, à medida que o mercado de trabalho norte-americano demonstra sinais de desaceleração.
O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse nesta segunda-feira que ainda há potencial para se chegar a um entendimento com os parlamentares dos Estados Unidos sobre mais alívio econômico durante a pandemia do coronavírus e que o presidente Trump está comprometido em efetivar um acordo.
Financiamento do Renda Cidadã
No Brasil, o senador Marcio Bittar (MDB-AC) disse que a ideia do governo é apresentar na quarta-feira pela manhã a solução para o financiamento ao Renda Cidadã, completando que a proposta respeitará o teto de gastos.
"Não vou entrar em nenhuma ideia de onde e como o Renda vai ser financiado, a não ser afirmar que é uma decisão de todo mundo liderada pela equipe econômica, pelo ministro Paulo Guedes. E a solução, qualquer que seja ou quaisquer que sejam elas, será dentro do teto", disse ele à imprensa após reunião com o ministro da Economia.
As declarações amenizam incertezas sobre o financiamento do programa, após sua proposta inicial ser duramente criticada na semana passada.
Além disso, a última sexta-feira também foi marcada por estresse no mercado em meio a críticas que o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, teria feito a Guedes num evento fechado com um grupo de economistas.
"Os desentendimentos em torno do financiamento do Renda Cidadã e da eventual flexibilização do teto de gastos deverão seguir contaminando o sentimento dos mercados", escreveram especialistas do time econômico da Guide Investimentos, alertando que a melhora externa não tem "força própria para angariar altas (nos ativos locais) na falta de um maior entendimento entre a ala política e a equipe econômica do governo".
Atuação do BC
O Banco Central vendeu nesta segunda-feira todos os 10 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão de rolagem.
*Com Reuters
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