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Grupo Boticário promove iniciativas para valorizar diversidade racial

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Imagem: Reprodução

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/11/2020 16h01

Em setembro, o Grupo Boticário anunciou que não usaria mais o termo "Black Friday", nome que se dá a um dos períodos mais importantes para as vendas do varejo em todo o mundo.

Para fortalecer a sua decisão, a companhia anunciou hoje (06) uma série de iniciativas para valorizar a diversidade racial e mobilizar informações que contribuam com a educação sobre inclusão e representatividade.

No dia 10 de novembro, o grupo, por meio do seu Instituto, abrirá inscrições para o projeto 'Desenvolve', iniciativa que pretende facilitar o acesso de 130 profissionais ao mercado de tecnologia.

Serão três modalidades de cursos de formação de desenvolvedores para movimentar a mão-de-obra especializada do setor. 50% das vagas nos cursos serão exclusivas para mulheres e candidatos negros. As inscrições serão feitas pelo site http://desenvolve.grupoboticario.com.br, que entrará no ar no dia 9 de novembro.

As redes sociais das sete marcas do grupo, além do perfil institucional da companhia, também promoverão lives com debates —a primeira foi realizada ontem (5), e contou com a participação de Danielle Almeida, artista e ativista do movimento negro, Adriana Barbosa, do Feira Preta.

Estão previstas participações do ator Lázaro Ramos, de Rachel Maia, ex-CEO da Lacoste e de Luana Genót, diretora do Instituto Identidades do Brasil e entrevistada pelo podcast Mídia e Marketing, do UOL, em junho.

Já entre os dias 16 e 20 de novembro, a empresa vai promover a segunda edição de sua 'Semana da Diversidade', que levará lideranças do movimento negro para debater o tema com os 12 mil colaboradores do grupo.

Além disso, o grupo reforça que a data de vendas promocionais, que este ano acontece em 27 de novembro, será chamada de "Beauty Week", com ações em seus canais proprietários e plataformas sociais.

"A grande repercussão em cima de uma iniciativa tão simples, visando o conforto de todos, só reforçou a importância de trazermos essa pauta para debate. Nossa decisão não teve a pretensão de ser unânime, tampouco condenar o uso geral da palavra 'black'", afirma Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário.

A empresa ainda explica que, por conta de prazos nas entregas de visual merchandising e catálogos, a empresa contará com a comunicação antiga em alguns pontos de venda.

"Mesmo com esse cenário, resolvemos seguir e aumentar o volume dessa conversa. O grupo é um dos maiores varejistas do Brasil e tem uma relação de intimidade com o seu público consumidor. Esse posicionamento é apenas uma questão de coerência: estamos usando nossa voz para que mais pessoas se sintam representadas e incluídas", declara o CEO do grupo.