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Operadoras têm 15 dias para explicar vazamento para Ministério da Justiça

Dados de mais de 100 milhões de contas de celular foram vazados - Reprodução / YouTube (spliitz)
Dados de mais de 100 milhões de contas de celular foram vazados Imagem: Reprodução / YouTube (spliitz)

Do UOL, em São Paulo

15/02/2021 22h52

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou operadoras de celular a prestarem informações sobre o vazamento de dados de 103 milhões de celulares. A informação é do Jornal Nacional.

Foram notificadas Claro, Oi, Tim e Vivo. O prazo para resposta é de 15 dias. O objetivo é identificar quais informações foram vazadas e de que forma.

Também hoje, a Secretaria Nacional do Consumidor, atrelado ao ministério, informou que está finalizando um acordo com a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) para proteção de dados de consumidores.

Segundo o órgão, "existem dezenas de casos sendo investigados (...) envolvendo vazamento de dados ou compartilhamento de dados de milhares de consumidores brasileiros".

A ANPD é responsável por fiscalizar a proteção de dados no Brasil. Na última quinta-feira, o órgão oficiou a Polícia Federal e empresas envolvidas no vazamento de dados de celulares.

O objetivo, disse a ANDP, é "investigar e auxiliar na apuração e na adoção de medidas de contenção e de mitigação de riscos relacionados aos dados pessoais dos possíveis afetados". Segundo o órgão, haverá "a responsabilização e punição dos envolvidos".

Vazamento de dados

Em 10 de fevereiro foi detectado o vazamento de dados de 103 milhões de contas de celulares. Entre elas, estão a do presidente Jair Bolsonaro e a dos jornalistas Fátima Bernardes e William Bonner. Além de número de telefone, foram vazados valor da conta, volume de minutos gastos por dia e dados pessoais.

Segundo reportagem do site NeoFeed, que divulgou o caso, o hacker está vendendo as informações em fóruns na dark web e diz que elas foram extraídas das bases das operadoras Vivo e Claro. Ambas empresas negam o vazamento.

Já em janeiro, foi identificado outro vazamento de dados, com informações de 223 milhões de CPFs brasileiros. É mais do que a população do país, já que também há dados de pessoas falecidas.