Guedes quer entregar auxílio para Bolsonaro para ficar ministro, diz Maia
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou hoje que o ministro da Economia, Paulo Guedes, só pensa em aprovar a extensão do auxílio emergencial "para ficar ministro", mas, ao mesmo tempo, quer congelar despesas para "garantir o discurso para o mercado". O ex-presidente da Câmara participou do UOL Entrevista, conduzido pelo colunista do UOL Kennedy Alencar.
"O Paulo Guedes quer entregar o auxílio para o [presidente Jair] Bolsonaro para ficar ministro, mas, ao mesmo tempo, ele quer garantir algum discurso para o mercado, e como faz? 'Estou congelando despesas de estados e municípios e, por outro lado, dou auxilio para 30, 40 milhões de pessoas'", declarou Maia.
A discussão se dá em meio à nova proposta do auxílio emergencial, que prevê sua aprovação junto ao fim do piso de gastos em educação e saúde que a União repassa para estados e municípios.
"A questão é que quem paga o auxílio emergencial é o governo federal. Você desvincular recursos de setores como saúde e educação de municípios é uma discussão que muitos defendem, não eu. Mas não é isso que vai abrir espaço para o orçamento", afirmou o ex-presidente da Câmara.
Que o auxílio é uma urgência, uma necessidade, está colocado hoje e estava colocado em novembro e dezembro. É óbvio que a gente precisava construir uma saída. Mas resolveram misturar eleição no Congresso com soluções que não têm nada a ver com a eleição na Câmara e Senado.
Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da Câmara
Maia, que teve seu candidato derrotado pelo grupo governista em fevereiro, disse ainda que, em épocas de crise, Guedes "desaparece" e cabe ao Congresso lidar com os problemas do governo.
Lembro que, no início da crise, o ministro Paulo Guedes desapareceu por 20 dias, como desapareceu agora --toda vez que tem uma crise, ele dá uma desaparecida-- e tivemos que construir as soluções junto com a equipe técnica do governo, mas também, principalmente, com deputados e senadores.
Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da Câmara
Maia teve alguns desentendimentos públicos com o ministro da Economia enquanto ocupava a presidência da Câmara, em especial no último ano.
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