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Salário mínimo em fevereiro deveria ter sido de R$ 5.375,05, diz Dieese

Valor ideal, segundo o Dieese, representa 4,89 vezes o salário mínimo em vigor no mês passado, de R$ 1.100 - Getty Images
Valor ideal, segundo o Dieese, representa 4,89 vezes o salário mínimo em vigor no mês passado, de R$ 1.100 Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

05/03/2021 15h10Atualizada em 05/03/2021 15h22

O salário mínimo ideal para que uma família de quatro pessoas pudesse se sustentar deveria ter sido de R$ 5.375,05 em fevereiro, segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A estimativa considera uma família com dois adultos e duas crianças.

O valor ideal representa 4,89 vezes o salário mínimo em vigor no mês passado, de R$ 1.100. Para o Dieese, esse montante de quase R$ 5,4 mil supriria as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência.

O cálculo é feito com base na cesta básica mais cara do país entre 17 capitais pesquisas. No mês passado, o conjunto de alimentos básicos custou mais em Florianópolis (R$ 639,81). A cesta básica mais barata foi registrada em Aracaju (R$ 445,90).

João Pessoa (R$ 484,54) teve a maior variação percentual no custo da cesta básica, com alta de 2,69%. A maior redução ficou com Campo Grande (R$ 551,58), onde o preço caiu 4,67%.

Em fevereiro, no geral, o custo da cesta básica caiu em 12 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Dieese. Nas outras cinco — Porto Alegre, Curitiba, Belém, João Pessoa e Natal —, o preço aumentou.

Comparando o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto da contribuição para a Previdência (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, na média, 54,23% de seu salário em fevereiro para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em janeiro, esse percentual foi de 54,93%.

Confira o preço médio da cesta básica em 17 capitais e sua variação frente a janeiro, segundo o Dieese:

  • Florianópolis: R$ 639,81 (-1,77%)
  • São Paulo: R$ 639,47 (-2,24%)
  • Porto Alegre: R$ 632,67 (+1,03%)
  • Rio de Janeiro: R$ 629,82 (-2,20%)
  • Vitória: R$ 609,27 (-2,46%)
  • Brasília: R$ 591,44 (-3,72%)
  • Belo Horizonte: R$ 573,53 (-3,16%)
  • Curitiba: R$ 572,77 (+2,33%)
  • Goiânia: R$ 560,67 (-2,45%)
  • Campo Grande: R$ 551,58 (-4,67%)
  • Fortaleza: R$ 523,46 (-1,78%)
  • Belém: R$ 512,95 (+1,11%)
  • João Pessoa: R$ 484,54 (+2,69%)
  • Salvador: R$ 479,19 (-1,99%)
  • Recife: R$ 469,71 (-0,95%)
  • Natal: R$ 464,43 (+2,19%)
  • Aracaju: R$ 445,90 (-1,10%)

(Com Agência Brasil)