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Maia critica proposta para orçamento e diz que saída 'gera insegurança'

Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou o orçamento de 2021 - Danilo M. Yoshioka/Futura Press/Estadão Conteúdo
Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou o orçamento de 2021 Imagem: Danilo M. Yoshioka/Futura Press/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL

20/04/2021 09h35

O ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a saída encontrada para a aprovação do orçamento no Congresso desmonta as políticas fiscais adotadas a partir do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e assegura que as medidas tomadas provocam insegurança. A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil.

"A saída que está se dando agora vai gerar insegurança e abrir uma janela para que, por projeto de lei ordinária, o governo possa fazer qualquer mudança e jogar para fora do teto de gastos qualquer pessoa", alegou o parlamentar.

Ainda, Maia disse ter ficado "surpreso" com os partidos que aderiram a votação do orçamento "sem nenhum grande debate". Para o ex-presidente da Câmara, a aprovação do projeto de lei que altera a LDO de 2021 e que permite ao governo federal gastar fora do teto de gastos com despesas relacionadas à pandemia, será, economicamente, ruim para o Brasil.

Maia chama Lira de 'humorista'

A pauta do orçamento de 2021 acabou gerando um embate entre Rodrigo Maia e o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Por meio de seu perfil no Twitter, o deputado do Rio de Janeiro chamou Lira de "humorista" e afirmou que a defesa ao orçamento é uma "piada".

"O presidente da Casa virou humorista. Aliás, defender a sanção do orçamento de 2021 só pode ser uma piada", escreveu Maia. O post foi feito momentos depois de Lira alegar que o orçamento só foi aprovado após a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro disse que o impasse em torno do orçamento de 2021 pode chegar ao fim logo. O limite para a sanção ou veto da medida será até a próxima quinta-feira (22).

Caso o texto seja sancionado da forma como está, o presidente poderá ser enquadrado na lei de responsabilidade fiscal, por furar o teto de gastos.