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Superar pandemia e pôr o país de pé é a mesma coisa, diz Luiza Trajano

Para Luiza Trajano, vacinação deve ser a prioridade número 1 em meio a pandemia - Eduardo Knapp/Folhapress
Para Luiza Trajano, vacinação deve ser a prioridade número 1 em meio a pandemia Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Colaboração para o UOL

21/04/2021 13h34Atualizada em 21/04/2021 13h35

Criadora do movimento Unidos pela Vacina, a empresária Luiza Helena Trajano acredita que uma grande união de forças política e industrial é necessária para contornar a situação brasileira diante da covid-19 e da economia. "Superar a pandemia e pôr o Brasil de pé é uma coisa só", disse a presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, em entrevista ao jornal Estadão.

A empresária afirma que a vacina deve ser a 'prioridade número 1' e que respeita quem não gosta de tomá-la, mas que não há outra alternativa. Na sua visão, o Brasil receberá mais vacinas a partir de maio e junho, porque os outros países que compraram os imunizantes em agosto e setembro do ano passado já receberam suas doses.

A hipótese de vacinar 50% dos empregados e doar o restante da porcentagem ao Ministério da Saúde (como previsto no projeto de lei aprovado pelo Senado) não é uma possibilidade para Trajano: "Mas e aí, as famílias dos meus empregados? E as pessoas que estão desempregadas? Não dá...", conclui.

A empresária menciona a necessidade de garantir renda básica, o estímulo de consumo e criação de empregos em meio a pandemia, argumentando que "o emprego é que vai dar dignidade às pessoas".

A meta do movimento Unidos pela Vacina — que conta com aliados como o Instituto Locomotiva, de Renato Meirelles, e Via África, de Nizan Guanaes — é vacinar 70% da população brasileira. Para atingir o objetivo, Trajano diz torcer para que a Pfizer entregue o prometido de 100 milhões de doses até setembro.

Não há guerra econômica entre EUA, China e Europa para adquirir vacinas

A respeito do ritmo de vacinação entre países desenvolvidos, a presidente do conselho da Magazine Luiza pondera que não vê uma guerra econômica entre as principais potências, visto que "nenhum país está tendo interesse de não ajudar o outro", acrescentando que não adianta abrir um país se a sua fronteira vizinha permanece fechada. "Pode, sim, haver aumento de preço (das vacinas), o que custava 10 vai custar 20, mas isso é lei da oferta e da procura", completa.