Censo do IBGE será 'provavelmente' em 2022, diz novo presidente do órgão
Nomeado hoje para a presidência do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eduardo Rios Neto, disse que seu o maior desafio será realizar o Censo Demográfico "com qualidade e boa cobertura" no ano que vem quando, "provavelmente", será executado. A pesquisa dependerá, segundo Rios Neto, das circunstâncias sanitárias e orçamentárias - motivos que levaram ao adiamento, por duas vezes, desde o ano passado.
"Vamos lutar pela integralidade do orçamento para o Censo 2022 e para mitigar as perdas operacionais em 2021", disse, em entrevista ao site da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Rios Neto destacou a importância do Censo no planejamento das políticas municipais e para o mecanismo de distribuição dos recursos do Fundo de Participação de estados e municípios, além de ser "uma âncora para as projeções populacionais". Segundo o presidente, os adiamentos deixam essas informações cada vez mais distantes da realidade.
No contexto da pandemia, Rios Neto explicou que a pesquisa serviria para atualizar tanto o perfil populacional por sexo e idade, quanto dos arranjos domiciliares. Dados, segundo ele, fundamentais "para a determinação dos grupos de risco, inclusive para políticas de vacinação e outras medidas preventivas".
"Além disso, o Censo determina uma linha de base para a análise de impacto de medidas durante e após a pandemia", disse.
Diretor de Pesquisas do Instituto desde maio de 2019, Rios Neto assume o cargo quase duas semanas após o anúncio de sua indicação. Ele afirmou que dará continuidade ao trabalho da antecessora, a economista Susana Cordeiro Guerra. O economista e demógrafo acredita que um outro desafio da gestão será modernizar as atividades do órgão, combinando tradição e novas tecnologias. Para isso, pretende usar registros administrativos junto à análise de grandes bases de dados, além de inteligência artificial.
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