Falei com todos os líderes, diz Arthur Lira sobre fatiar reforma tributária
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, negou que os líderes e atores principais não tenham sido comunicados sobre o acordo de fatiar a reforma tributária em quatro partes para votar. "Não é verdade que os líderes não foram consultados, falei com todos, não poderei tratar um assunto desse sem o conhecimento deles", disse em entrevista ao Canal Livre, na emissora Band News.
Segundo Lira, todos os temas das quatro etapas são difíceis, mas a divisão deixou os temas mais complexos como a CPMF para o final. O primeiro projeto é do ministro da Economia, Paulo Guedes, que cria a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
"O país não pode continuar com essa dificuldade de se saber como vai se portar ou defender do pagamento dos seus impostos", apontou Lira sobre a importância de se pauta a reforma. Para o parlamento, é importante que não prenda ao texto inicial da reforma administrativa, mas de como ela vai sair.
Lira acredita que o "fatiamento" da reforma aumenta as chances de votação das mudanças tributárias na Câmara. "Temos a obrigação de fazer com que o país tenha a oportunidade de fazer uma gestão de suas contas."
Durante a entrevista, o presidente da Câmara falou sobre a CPI da Covid e até sobre um possível impeachment.
Não gosto de quem fala depois que sai do lugar, diz Lira sobre Uebel
Durante as perguntas sobre a reforma administrativa, um dos entrevistados relembrou o presidente da Câmara dos Deputados de uma fala que o ex-secretário especial da Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia Paulo Uebel deu nesta semana.
"Não gosto de quem fala depois que sai do lugar. É bom que ele tivesse falado isso quando estava no cargo", disse o parlamentar.
Uebel defendeu que acabassem com os privilégios dos servidores públicos atuais. "O texto atual, principalmente na parte dos privilégios, não pega os atuais [servidores]. Na minha opinião, isso é injusto, isso precisa ser mudado, ele precisa cortar privilégios para todos, inclusive os atuais servidores", disse o economista durante audiência pública na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara de Deputados.
Sobre governo Bolsonaro
O parlamentar seguiu sem fazer nenhuma crítica direta ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). "Não podemos fazer a política personificando em A ou B. Não temos que avaliar quem está errando ou acertando, mas, sim, o erro. Então qual o problema? É a vacina? Quem estava se opondo a vacina, claro, que sofreu as consequências", disse o presidente da Câmara se referindo ao ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.
"Se ele não está fazendo o seu papel, tira. Ele é muito menos importante do que o país, mas não contra ele, e, sim, contra os efeitos de sua atuação", opinou Lira.
O progressista garantiu ainda que sua fala dada quando o país bateu a marca de 300 mil mortos vítimas da covid-19 não foi uma indireta para Bolsonaro. "O Brasil cometeu erros, os governos, os prefeitos, todos cometeram. Meu discurso não foi dirigido ao governo federal, o discurso foi duro, completo e amplo, para todas as esferas".
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