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Golpistas que prometiam 'retorno fácil' vivem no luxo em Dubai, diz TV

Gustavo Pontes Galvanho, Tiago Achiles e Rafael Ramiro fundaram consultorias financeiras para aplicar golpes em investidores - Reprodução/TV Globo
Gustavo Pontes Galvanho, Tiago Achiles e Rafael Ramiro fundaram consultorias financeiras para aplicar golpes em investidores Imagem: Reprodução/TV Globo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/07/2021 10h46Atualizada em 06/07/2021 10h46

Sócios de uma rede de consultorias de fachada, acusados de aplicar golpes em investidores sob a promessa de "rendimento financeiro fácil", agora ostentam vidas de luxo em Dubai, nos Emirados Árabes. As informações são do programa Bom Dia Rio de Janeiro, da TV Globo.

Gustavo Pontes Galvanho e Tiago Achiles, seu parceiro no esquema fraudulento, buscavam clientes em todo o Brasil, em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Sergipe. Além da dupla, a Polícia Civil do Rio também acusa Rafael Ramiro de liderar a quadrilha.

O trio também convencia funcionários a levar parentes e amigos ao negócio ilegal. Tudo, entretanto, não passava de uma pirâmide financeira, que costuma prometer retorno elevado e em pouco tempo. Eles já possuem 17 inquéritos policiais acumulados.

O esquema atingiu muitas vítimas — entre elas, Deise da Silva, que relatou ter entregue R$ 100 mil reais sob a promessa de receber em troca R$ 2,5 mil por mês durante 1 ano. Contudo, o retorno nunca ocorreu.

"Como veio a pandemia, eu estava com esse dinheiro parado no banco, aí eu perguntei para pessoas da minha confiança, inclusive uma amiga minha que é advogada. Todo mundo dizia que era um contrato registrado em cartório e não tinha nada de anormal, que eu poderia confiar", recorda Deise à TV Globo.

Segundo a emissora, eram comuns contratos acima de R$ 100 mil. O lucro ao cliente com capital seria de 3 a 4% por mês. Quem não tinha recursos era incentivado a obter empréstimos bancários.

No fim de maio, foi ordenada a prisão de 5 pessoas envolvidas na pirâmide. Entretanto, as apreensões ainda requerem autorização da Justiça.

Os responsáveis já foram todos indiciados por associação criminosa, crime contra a economia popular e estelionato.