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Nunes Marques será relator de ação no STF contra aumento do fundo eleitoral

Nunes Marques está de férias e, caso considere urgente, o pedido pode ser analisado pela ministra Rosa Weber, que está interinamente na presidência do STF - Nelson Jr / STF
Nunes Marques está de férias e, caso considere urgente, o pedido pode ser analisado pela ministra Rosa Weber, que está interinamente na presidência do STF Imagem: Nelson Jr / STF

Colaboração para o UOL

19/07/2021 18h37

O ministro Kassio Nunes Marques será o relator da ação movida por parlamentares no STF (Supremo Tribunal Federal), para tentar barrar o aumento do fundo eleitoral. Para os deputados e o senador que entraram com o mandado de segurança, a forma que o aumento foi inserido na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) não seguiu o que determina a lei.

Mas, apesar do sorteio, como o ministro está de férias, o pedido poderá ser analisado pela ministra Rosa Weber, que assume interinamente a presidência da Corte durante o recesso do Judiciário. Como o regime de trabalho é de plantão, a ministra deverá decidir se a questão é urgente ou não.

Na última sexta-feira (16), sete parlamentares acionaram o Supremo para tentar anular as votações no âmbito da LDO de 2022, aprovada pelo Congresso na quinta-feira (15). Entre elas, está o aumento do "fundão" de R$ 1,7 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

O mandado de segurança é assinado pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo-SP), Daniel Coelho (Cidadania-PE), Felipe Rigoni (PSB-ES), Tabata Amaral (PDT-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Vinicius Poit (Novo-SP), além do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Os parlamentares consideram que, em um momento de crise como o causado pela pandemia de covid-19 no país, o aumento do fundo eleitoral representa a má alocação de recursos públicos, "foge à razoabilidade" e "gera um esvaziamento dos direitos e garantias fundamentais da população".

"Triplicar o valor do fundo eleitoral enquanto mais de 500 mil cidadãos brasileiros morreram pelo coronavírus, além de inconstitucional, é imoral e cruel", defendem. "O presente caso (...) é de sopesamento entre o aumento de verba de custeio para candidatos realizarem suas propagandas e o direito de metade da população poder comer com o mínimo de dignidade. É pelo direito à vida!".