Deserdado, filho de banqueiro abrirá ação para acessar herança, diz site
Um dos quatro filhos do magnata Joseph Safra, Alberto Safra, abrirá um processo judicial na Suíça para tentar reverter sua deserção no testamento do pai, que morreu no fim do ano passado, aos 82 anos. As informações são da Bloomberg, que estima a fortuna da família em torno de US$ 16 bilhões.
Alberto, de 41 anos, teria enviado documentos para um tribunal em Manhattan, nos Estados Unidos, para poder ter benefícios do testamento de Joseph, fundador do banco Safra e, em 2020, classificado como o homem mais rico do Brasil pela Forbes. Segundo a Bloomberg, o filho alegou que o banqueiro não tinha capacidade mental para fazer as declarações de herança assinadas em 2019, porque sofria de mal de Parkinson.
"O senhor Safra não estava sob nenhuma condição naquela época para fazer, voluntária e conscientemente, mudanças em seus testamentos, muito menos mudanças que privassem o peticionário, um filho dedicado que havia servido lealmente a seu pai durante anos nos negócios da família, de sua herança legítima", disse um documento ao qual a Bloomberg teve acesso.
Em nota, a família Safra afirmou que "desconhece existência de qualquer ação judicial nos EUA, mas não vê sentido em qualquer contestação. Sobre o testamento de 2019, o senhor Joseph Safra tomou todas as precauções necessárias para que seus atos de última vontade fossem devidamente respeitados. Esta contestação é a posição isolada de apenas um dos filhos, que não condiz com a verdade do fatos".
Sem sucesso na tentativa pelo tribunal americano, o site internacional apurou que o filho deve apelar o caso na Suíça, um dos três países onde está o Banco Safra, além do Brasil e Estados Unidos.
Segundo Alberto, ele só descobriu sobre a mudança no testamento após a morte de Joseph, quando a maior parte dos bens foi repartida entre a esposa e os quatro filhos.
Diferentemente de Alberto, que se afastou do negócio da família em 2019, os outros dois filhos de Joseph estão atualmente envolvidos no banco Safra. A única filha do magnata não trabalha no banco e optou por uma carreira em educação.
Com a saída do banco Safra, Alberto criou a ASA Investments, uma empresa de gestão de ativos com escritórios no Brasil e nos Estados Unidos. Ao fundar a ASA, o filho de Joseph levou consigo vários executivos do Safra, o que teria piorado a relação com a família.
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