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Nos EUA, Guedes cita barulho político, mas pede: 'Confiem na democracia'

O ministro da Economia chegou a mencionar que o barulho político a que se refere pode ser causado pelo presidente da República - Adriano Machado/Reuters
O ministro da Economia chegou a mencionar que o barulho político a que se refere pode ser causado pelo presidente da República Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

13/10/2021 19h34

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a justificar hoje as baixas previsões de crescimento e o pouco investimento externo no país se dão por um "barulho político". O ministro, porém, pediu um voto de confiando dos investidores na democracia brasileira.

"Nós estamos realmente muito confiantes de que vamos crescer o dobro do que o FMI (Fundo Monetário Internacional) está prevendo", disse Paulo Guedes. "Por que eles estão cometendo tantos erros? Por causa o barulho, do barulho político", afirmou explicando por que acredita que a instituição financeira se enganou nas previsões em relação ao Brasil.

O ministro da Economia chegou a mencionar que o barulho político a que se refere pode ser causado pelo presidente da República, por parlamentares ou por ministros da Suprema Corte. Ele, no entanto, insistiu que a democracia brasileira é "vibrante".

Confie na democracia brasileira. Tenha confiança em nosso processo institucional. Às vezes, pode ser o presidente, pode ser um parlamentar, pode ser um ministro do STF, mas o importante é o trabalho das instituições
Paulo Guedes, ministro da Economia

Guedes ainda usou como justificativa para sua teoria de que os problemas brasileiros não passam de barulho o fato de o Brasil já ter vacinado uma porcentagem maior da população adulta do que o Estados Unidos.

Paulo Guedes foi entrevistado no fim da tarde de hoje pelo Atlantic Council, uma organização estadunidense que trabalha para desenvolver lideranças e influenciar políticas públicas nos ramos de economia, segurança, energia, entre outros. A entidade recebe doações de agentes públicos e privados. Entre os maiores contribuidores estão a Embaixada dos Emirados Árabes Unidos e o Facebook.