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Argentina limita venda de gasolina para brasileiros; preço lá é de R$ 3,15

Gasolina, posto, combustível, abastecer - iStock
Gasolina, posto, combustível, abastecer Imagem: iStock

Colaboração para o UOL

05/11/2021 07h56Atualizada em 05/11/2021 19h46

A busca de brasileiros por combustíveis em Puerto Iguazú, cidade da Argentina que faz fronteira com o Paraná, levou as autoridades locais do país vizinho a limitarem o fornecimento do produto a 15 litros por veículo estrangeiro ao dia. A demanda ocorre num momento de constante alta do preço dos combustíveis no Brasil. Na Argentina, o valor médio do litro da gasolina é de R$ 3,15.

A decisão, que também afeta o fornecimento do produto aos paraguaios, foi tomada na quarta-feira por empresários e donos de postos de combustíveis. O objetivo é desmotivar a procura de estrangeiros por combustível na região. A dificuldade de reabastecimento de gasolina em veículos argentinos, provocada pela alta demanda, foi determinante para a criação da regra.

Na Argentina, o preço do combustível está congelado pelo governo do presidente Alberto Fernández. No Brasil e no Paraguai, o valor varia de acordo com a cotação do petróleo no mercado internacional. No caso brasileiro, o preço é ligado diretamente à variação cambial do real frente ao dólar.

Segundo a mídia argentina, a situação de filas e falta do produto também se reflete em outras cidades na fronteira com o Brasil, como Bernardo de Yrigoyen, nos limites de Barracão e Dionísio Cerqueira (respectivamente Paraná e Santa Catarina). Devido à procura de brasileiros, os moradores locais têm relatado dificuldades para encontrar o produto nos postos de abastecimento locais.

Preços no Brasil não param de subir

Na semana passada, a Petrobras aumentou em 7% o diesel nas refinarias, o que representa impacto para o consumidor de R$ 0,24 no litro do derivado, se o reajuste for repassado integralmente pelos demais elos da cadeia. A gasolina foi reajustada em 9,15%, com impacto potencial de R$ 0,15 por litro no preço final do combustível. O valor cobrado pela companhia, nas refinarias, responde por 35,5% do preço final da gasolina. No diesel, essa parcela é de 55,8%.

Os preços dos combustíveis voltaram a subir no mercado brasileiro, na semana passada, após mais um ajuste ajuste da Petrobras nas refinarias. O litro do diesel S-10, com menor teor de enxofre, subiu 4,8% em relação à semana anterior, para um valor médio, na bomba, de R$ 5,29, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).O litro da gasolina aumentou 3,15%, para R$ 6,562.

Para os motoristas que abastecem os veículo de combustível duplo, a gasolina acumula uma alta de 45,3% no ano, nos postos. De acordo com dados da ANP, o derivado atingiu em outubro um preço médio de R$ 6,341, o patamar mais alto deste século, tanto em valores nominais quanto reais (ajustado à inflação).