Renan quer que presidente do BB explique 'discriminação' a governadores
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que convocará o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, para que ele explique a "discriminação" na liberação de empréstimos aos estados governados por não aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), a exemplo de Alagoas, gerido por seu primogênito, Renan Filho (MDB-AL).
No Twitter, Calheiros repercutiu uma matéria da Folha de S.Paulo sobre o travamento de créditos por parte da instituição a governadores abertamente de oposição à gestão federal. Segundo o parlamentar, o BB "pertence ao povo brasileiro" e não aos "gestores políticos ruins".
"O nome diz tudo: Banco do Brasil. É uma instituição centenária, pertence ao povo brasileiro e não é propriedade privada de gestores políticos e ruins. Vou convocar o presidente do banco para explicar a discriminação a governadores não aliados enquanto o STF e o TCU apuram o caso", escreveu.
O caso está sendo investigado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), sob a relatoria do ministro Aroldo Cedraz, a partir de uma representação feita pelo sub-procurador geral do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado, que destacou o perigo de "interferência indevida" da União, e frisou que o BB "deve atuar de acordo com o que estabelece a Lei das Estatais e seus estatutos", sob o risco de ferir o princípio constitucional da impessoalidade na administração pública.
Além disso, Renan Filho já recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para conseguir a liberação de um empréstimo de R$ 770 milhões, que foi rejeitado pelo BB sem justificativas.
Segundo a Folha, outro estado preterido pelo Banco do Brasil é a Bahia, governada por Rui Costa (PT), que é opositor notório de Bolsonaro. O governo baiano tenta a liberação de R$ 228 milhões junto ao banco. Oficialmente, o BB negou ingerência política na concessão de empréstimos e pontuou que segue "critérios técnicos".
Em 2021, o Banco do Brasil concedeu R$ 5,3 bilhões em empréstimos para os estados, com favoritismo para aqueles chefiados por aliados do presidente. O PP do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira foi uma das legendas mais beneficiadas.
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