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Prisão de suposto operador do 'faraó dos bitcoins' é mantida por Gilmar

A Operação Kryptos, do ano passado, decretou que Glaidson e Magno fossem detidos por suspeita de organização criminosa e lavagem de dinheiro - Getty Images
A Operação Kryptos, do ano passado, decretou que Glaidson e Magno fossem detidos por suspeita de organização criminosa e lavagem de dinheiro Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

03/02/2022 21h25

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido de habeas corpus de Michael de Souza Magno, suspeito de ser operador do esquema de fraudes financeiras de Glaidson Acácio dos Santos, o "faraó dos bitcoins". Magno seguirá em prisão preventiva.

Mendes optou por manter a circunstância do suposto operador por acreditar que existem "fortíssimos indícios" de que Magno poderia fugir "para evitar que a lei penal seja aplicada, na hipótese de se virem a confirmar as suspeitas até o momento mantidas".

A Operação Kryptos, do ano passado, decretou que Glaidson e Magno fossem detidos por suspeita de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O "faraó dos bitcoins" é acusado de liderar outras 16 pessoas em crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Em paralelo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apura se Glaidson teve envolvimento em um homicídio.

Os pedidos de habeas corpus dele também já foram negados. A esposa dele, Mirelis Zerpa, está foragida da Justiça.

Em janeiro, decisões judiciais em 30 processos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro bloquearam R$ 5,1 milhões das contas ou bens do "faraó dos bitcoins", de sua esposa, seu sócio e da empresa, a GAS consultoria. Carros de luxo também foram apreendidos.

Glaidson nega as irregularidades. No dia 8 de dezembro do ano passado, o "Faraó" escreveu da cadeia uma carta aberta aos clientes.

"Escrevo esta carta de coração quebrado por saber que há três meses vocês estão sem receber seus rendimentos. Nunca, nem nos meus piores pesadelos, poderia imaginar que isso poderia acontecer", disse.