Lira diz que aumento de combustíveis é 'tapa na cara' do Brasil
Após reajuste de até 25% nos preços dos combustíveis, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a "insensibilidade" da Petrobras e disse que o aumento é um "tapa na cara dos brasileiros". A declaração foi feita pelo político e aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.
Me causou espanto a insensibilidade da Petrobras com os brasileiros - os verdadeiros donos da companhia. O aumento de hoje foi um tapa na cara de um país que luta para voltar a crescer. Arthur Lira, em seu perfil nas redes sociais
"Quem conhece o Brasil, além dos gabinetes e escritórios, sabe o peso de comprar um botijão de gás ou encher o tanque. Com o cenário global desafiador, até os governos mais ortodoxos estão avaliando como mitigar os impactos da pressão nos custos em todos os mercados", acrescentou.
A Petrobras anunciou hoje reajustes nos preços da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha. O aumento vale para as distribuidoras e entra em vigor a partir de amanhã. O repasse para o consumidor final, afetando diretamente os preços das bombas e do botijão de gás, ainda não está definido se e quando irá ocorrer, porque depende de cada revendedor.
Nas distribuidoras, o preço médio da gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%. Para o diesel, o valor irá de R$ 3,61 a R$ 4,51, alta de 24,9%. O gás de cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%. A última alteração no preço dos combustíveis foi há quase dois meses, em 11 de janeiro. Já o GLP foi reajustado em outubro do ano passado, há 152 dias.
Com isso, a Petrobras chega ao seu 13º aumento desde janeiro de 2021, quando teve a escalada de preços de combustíveis no Brasil, segundo levantamento realizado pelo Observatório Social da Petrobras, organização ligada à FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo. No caso do dieses foram 11 aumentos no período.
Horas após o anúncio do novo aumento, o plenário do Senado aprovou dois projetos que buscam conter a alta dos combustíveis em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia. Os dois textos seguem agora para análise na Câmara.
Um dos projetos aprovados foca na criação de um ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) único sobre os combustíveis, uma alternativa à cobrança atual adotada por estados. Outro propõe criar um fundo para estabilizar os preços da gasolina, do diesel e do gás.
Gasolina acima dos R$ 7
A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes) calcula que, com o aumento, a gasolina nos postos de abastecimento deve subir para média de R$ 7,02 o litro no País, contra a média atual de R$ 6,57 por litro. Já o diesel vai subir para uma média de R$ 6,48 o litro, contra a média atual de R$ 5,60 o litro.
Os cálculos levam em conta o Levantamento de Preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
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