Villa: 'Problema dos combustíveis é anterior à guerra na Ucrânia'
O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ter se antecipado e criado um gabinete de crises diante da iminência do conflito entre Rússia e Ucrânia, que culminou na alta dos combustíveis no Brasil, segundo o colunista do UOL Marco Antonio Villa. Para ele, o problema do preço dos combustíveis já existia antes mesmo da guerra no leste europeu.
"Tinha que ter um gabinete de crises, com ministros de Minas e Energia, Economia, Agricultura... E esse gabinete ia gerindo, acompanhando diariamente, tomando ações rápidas, se antecipando aos fatos. Mas, não. É um governo incompetente [...] que desconhece os assuntos econômicos e de geopolítica", afirmou Villa em participação no UOL News.
Os comentários ocorrem após a Petrobras anunciar reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, pressionada pelo avanço das cotações do petróleo com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
"A estatal, como todo avanço tecnológico, não pode sequestrar a economia brasileira. Sua política tem de ser condizente com a situação econômica que o país vive. O país poderia ter se antecipado e criado uma câmara de compensação já que este problema, de preços dos combustíveis, não é só da guerra —já era anterior, a gente fala disso há dois anos... E criar uma espécie de câmara de compensação para situações como essa, quando dispara o preço do petróleo no mercado internacional", analisa Villa.
As altas entraram em vigor na sexta-feira (11). No caso da gasolina, o reajuste para as distribuidoras é de 18,8%. O preço médio nas refinarias da estatal passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro.
Para o diesel, o aumento é ainda maior, de 24,9%. O valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51. Segundo o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), foram os maiores reajustes ao menos desde o início da política atual de preços, em 2016.
Veja mais análises e as notícias do dia no UOL News com Fabíola Cidral:
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