Presidente do Flamengo recusa chefia do Conselho da Petrobras
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, recusou a chefia do Conselho da Petrobras. Em nota, ele diz que decidiu abrir mão do cargo para se concentrar no clube.
Landim acrescentou que enviou um documento ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informando sobre a recusa. Ele foi indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Em relação ao Flamengo, os últimos acontecimentos me demonstraram a necessidade de termos todos nós o compromisso de um grau ainda maior de dedicação e foco ao Clube".
Deixei claro meu agradecimento pelo convite e relatei minha preocupação em não conseguir, dada a dedicação que as duas instituições demandariam nesse momento, exercer ambas as funções com a excelência por mim desejada e à altura que a Petrobras e o Flamengo merecem.
Trecho da nota oficial de Rodolfo Landim
Landim é um engenheiro da área de petróleo, mas tem notoriedade hoje por comandar o Flamengo. De acordo com relatos de um ministro, que pediu anonimato, o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, teve papel essencial na escolha de Landim para o cargo na estatal.
O presidente do Flamengo é um dos nomes do mundo esportivo mais próximos do governo federal. Ele já foi recebido por Bolsonaro no Palácio do Planalto e também recepcionou Ciro Nogueira e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, em uma visita à sede do time no ano passado, no Rio.
Landim foi reeleito no final de 2021 como presidente do time. Ao blog de Mauro Cezar Pereira do UOL, Landim adiantou que não deixaria a presidência do Flamengo, deixando em aberto a possibilidade de acumular as duas funções.
"Como sempre falei, ao ter sido reeleito pelos sócios para um mandato de mais três anos, exercer bem o cargo de presidente do Flamengo é minha total prioridade", afirmou Landim em nota.
De 2003 a 2006, durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dirigente esportivo foi presidente da BR Distribuidora.
A mudança no comando do conselho acontece em meio às reiteradas críticas de Bolsonaro à política de preços da Petrobras. O modelo atual, que passou a ser adotado em 2016, durante o governo de Michel Temer (MDB), atrela os preços à cotação do petróleo no mercado internacional.
A política tem provocado um aumento dos preços dos combustíveis, o que provoca receio em Bolsonaro de perder apoio popular durante o ano eleitoral.
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