Morre Eduardo Guardia, ex-ministro da Fazenda do governo Temer, aos 56 anos
O ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia morreu hoje, aos 56 anos. O economista comandou a secretaria-executiva da antiga pasta, no ano de 2018, durante o governo de Michel Temer, assumindo depois a chefia do ministério. A morte foi confirmada pela gestora de investimentos BTG Pactual Asset Management, onde Guardia trabalhava como sócio e presidente-executivo desde 2019. A causa ainda não foi informada.
À frente da gestora de recursos do BTG Pactual no Brasil há quase três anos, Guardia está no rol dos economistas com extensa experiência dos dois lados do balcão. Na seara privada, além do atual posto de CEO da BTG Asset, atuou ainda como diretor-executivo de Produtos da BM&FBovespa, hoje B3.
No setor público, foi ministro da Fazenda no governo Michel Temer. Antes disso, foi secretário-executivo do mesmo órgão, secretário do Tesouro Nacional na gestão Fernando Henrique Cardoso e secretário de Fazenda de Geraldo Alckmin, no Estado de São Paulo.
De perfil técnico, Guardia era doutor em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). Durante seu tempo à frente do Ministério da Fazenda, hoje Economia, Guardia era conhecido por ser duro na defesa técnica dos interesses econômicos, sobretudo na relação com o Legislativo.
Por meio de nota, o Ministério da Economia lamentou a morte de Guardia. "Durante sua trajetória pública, a atuação de Guardia foi fundamental na construção de soluções importantes para a economia brasileira. O ex-ministro sempre se notabilizou pelo trabalho incansável, a gentileza no trato e o permanente espírito público, inspirando todas as equipes que liderou."
O atual chefe da pasta, Paulo Guedes, destacou a capacidade de diálogo do ex-ministro. "O ministro Paulo Guedes relembrou a capacidade de diálogo de Guardia, que contribuiu de forma relevante para a troca de informações institucionais no período de transição de governo. Neste momento de dor, o ministro Guedes e os servidores do ministério da Economia manifestam respeito e solidariedade aos familiares e amigos de Eduardo Guardia."
Michel Temer disse que o antigo auxiliar "emprestava aos números uma visão humanitária rara". "As decisões de política econômica, mesmo as mais amargas, eram sempre equilibradas e justas. O Brasil perde um ótimo economista, um ser humano formidável, e eu um bom e leal amigo. Meus sentimentos à família e o desejo de que encontrem conforto e consolo".
*Com Estadão Conteúdo
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