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Como é a empresa dos jovens bilionários brasileiros que estão na Forbes?

Henrique Dubugras,26, e Pedro Franceschi, 25, são donos da Brex e entraram para a lista de bilionários da Forbes - Brex/Divulgação
Henrique Dubugras,26, e Pedro Franceschi, 25, são donos da Brex e entraram para a lista de bilionários da Forbes Imagem: Brex/Divulgação

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

12/04/2022 04h00

Os brasileiros Pedro Franceschi, 25, e Henrique Dubugras, 26, entraram na lista de bilionários da Forbes, com patrimônio de US$ 1,5 bilhão cada um. Eles ocupam o terceiro e o quinto lugar no ranking dos bilionários mais jovens do mundo. Mas o que eles fizeram para acumular tanta riqueza tão cedo?

Os dois são os donos da Brex, uma startup fundada nos EUA em 2017. Ela oferece uma série de serviços financeiros, como um cartão de crédito para empresas, que é liberado em até cinco minutos, na versão virtual. O cartão físico é enviado em até cinco dias úteis.

Inovação com crédito fácil

A empresa surgiu inicialmente como uma solução para que pequenas empresas de tecnologia nos Estados Unidos tivessem acesso rápido ao crédito e se expandiu rapidamente no setor.

Além da agilidade no oferecimento de crédito, outro diferencial do negócio é que a Brex não exige garantias como renda e bens para aprovar os cartões corporativos dos empreendedores.

Na avaliação de riscos, a empresa analisa o histórico dos investidores, o fluxo de caixa e os padrões de gastos das startups que solicitam o produto.

A Brex também não cobra taxas dos clientes para uso do cartão. Em vez disso, recebe um percentual pago pelo comerciante para cada compra efetuada.

Como o negócio se sustenta?

O limite dos cartões, que devem ser pagos mensalmente, é de 10 a 20 vezes maior do que o dos cartões corporativos tradicionais, segundo a página da empresa na internet. Os gastos também geram pontos e recompensas para o usuário —recurso avaliado como generoso em postagens locais.

Fundada no Vale do Silício, a Brex foi avaliada em US$ 12,3 bilhões por investidores em janeiro. A empresa americana é apoiada pelos cofundadores do Paypal e a especialista em fintech Ribbit Capital. Até o momento, a empresa levantou mais de US$ 400 milhões em ações.

Outros serviços

A Brex passou a oferecer ao longo dos anos diversos outros serviços como uma "conta corrente" e ferramentas de software para gerenciar despesas, impostos e outros gastos, e ainda permite emitir relatórios online.

Por meio do aplicativo, é possível criar alertas para gastos incomuns, assinaturas duplicadas ou aumentos de preços. Também executa relatórios que identificam despesas que podem ser cortadas.

É possível criar até oito contas no aplicativo para garantir a separação de recursos de acordo com a finalidade de cada um.

Com o Brex Cash, os clientes podem realizar transações como pagamento de fornecedores, execução de folhas de pagamento e até envio de pagamento para o exterior sem a cobrança de taxas.

Apenas empresas registradas nos Estados Unidos podem solicitar uma conta Brex. Não está nos planos a atuação no Brasil no momento.

Primeira empresa foi vendida

Antes de fundar a Brex, Henrique Dubugras e Pedro Franceschi criaram em 2013 a startup de pagamentos digitais Pagar.me que foi vendida em 2016 para a Stone. A fintech começou como um provedor de serviços de pagamento, ou seja, um sistema responsável pela intermediação de pagamentos entre lojistas e clientes por meio de boleto bancário ou cartão de crédito. A Pagar.me tinha 150 funcionários quando foi vendida.

A dupla abriu uma nova empresa após abandonar a faculdade de Ciência da Computação em Stanford, na Califórnia, antes mesmo de concluir o primeiro período do curso. Dois anos depois, os jovens já haviam sido destaques da lista "30 Under 30" de finanças da Forbes.

Foi com a experiência da Pagar.me no Brasil que os dois empreendedores conheceram os primeiros investidores da Brex: Peter Thiel e Max Levchin, fundadores do PayPal.

Em janeiro deste ano, a fintech recebeu um aporte de US$ 300 milhões em uma rodada de financiamento, o que fez sua avaliação de mercado saltar dos US$ 7,4 bilhões anteriores para os atuais US$ 12,3 bilhões. No ano passado, a empresa já havia recebido um aporte de US$ 425 milhões do fundo Tiger Global.

De acordo com a Forbes, Henrique e Pedro detêm uma fatia de 28% da empresa.