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Luiza Trajano critica venda de produtos falsificados: 'Tem que ser revisto'

Retrato da empresaria Luiza Trajano em seu apartamento no bairro Jardim Paulista, em SãoPaulo - Eduardo Knapp/Folhapress
Retrato da empresaria Luiza Trajano em seu apartamento no bairro Jardim Paulista, em SãoPaulo Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/04/2022 17h06Atualizada em 28/04/2022 18h23

A empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, criticou hoje a venda de produtos falsificados e apontou que a medida colabora para a perda de empregos formais no país.

A declaração da empresária foi concedida ao site Poder360 após a participação de Trajano no seminário "Negócios digitais x Ilegalidade: o Brasil que queremos", realizado pelo site em parceria com o IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo).

"Quando a gente ouve falar de mercado legal, acha que é só os grandes que vão ser beneficiados, mas não é. O pequeno e microempresário também vive dos empregos das pessoas, também vive do seu emprego. À medida que um site vende um produto totalmente falsificado com 10% do preço do outro, no primeiro momento, a gente fala 'puxa, estou pagando mais barato'; primeiro que ele é falsificado e segundo, tirou o emprego de uma população que precisa de emprego. Então, prejudica profundamente o próprio emprego das pessoas", disse.

Como exemplo dos danos trazidos pelo comércio de produtos falsificados, Trajano citou a cidade em que nasceu, Franca, no interior de São Paulo, conhecida pela fabricação de sapatos.

Eu sou de uma cidade de sapato. À medida que eu fabrico sapato lá, e vem um sapato falsificado por 10% do preço, eu estou tirando o emprego daquele que precisa do emprego. Essa cadeia tem que ser revista, gente. Isso atrapalha e é perda, perda total. Luiza Trajano, empresária

A presidente do Conselho do Magalu ainda comentou os danos que alguns itens falsificados podem trazer à saúde, como no caso de bebidas falsificadas: "Além do que nos vimos aqui, tem produto que está prejudicando a saúde das pessoas, é um perda total. É toda cadeia prejudicada, e toda a população é prejudicada."

Trajano também declarou que pretende colaborar para a criação de MP (Medida Provisória) para combater a ilegalidade no comércio brasileiro. Para ela, a existência de "nota fiscal independente do valor" dos itens vendidos no país e o aumento do "nível de consciência de educação da população" são necessários.