Sindicato pede que MP investigue ex-presidente da Petrobras por improbidade
A FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) entrou ontem com uma denúncia no MPF (Ministério Público Federal) contra o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, por suposta prática de improbidade administrativa por causa da relação do executivo com a empresa 3R Petroleum.
Segundo a entidade, o ex-presidente da estatal teria fornecido informações privilegiadas, que favoreceram a empresa privada na compra de ativos da Petrobras em sua gestão. No início de maio, Castello Branco foi eleito presidente do Conselho de Administração da 3R.
Para a advogada da FNP, Raquel Sousa, os crimes teriam acontecido na época em que aconteceu a venda de campos e complexos industriais dos polos Peroá, Macau, Potiguar, Recôncavo e Ventura para a 3R Petroleum.
A denúncia afirma ser muito estranho que, menos de três meses após ter saído do comando da Petrobras, onde participou do processo de negociação para a venda desses ativos, Castello Branco tenha tomado posse do mais alto cargo da empresa beneficiada.
Raquel Sousa ainda pontua que a venda dos ativos podem ser revertidas por conta de a legislação não permitir favorecimento e que mesmo após a venda o processo pode ser desfeito.
Para ela, o fato de Castello Branco assumir um cargo na empresa que comprou ativos da Petrobras na gestão dele não seria uma mera coincidência, mas que o posto de presidente seria uma premiação pelos serviços prestados e por isso os fatos precisariam ser apurados.
O UOL procurou a empresa 3R Petroleum, da qual Roberto Castello Branco é presidente do Conselho de Administração, que nos enviou a seguinte nota:
"A 3R Petroleum informa que todos os ativos negociados no Programa de Desinvestimento da Petrobras seguiram os trâmites pertinentes em estrita conformidade com a legislação em vigor".
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