Citando EUA e Venezuela, Bolsonaro diz que crise de combustíveis vai piorar
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou hoje a apoiadores que a crise do preço dos combustíveis "deve se agravar". O chefe do Executivo citou tentativas dos Estados Unidos e da Venezuela de acharem uma solução mais barata, em meio a decisão internacional de boicotar o petróleo da Rússia como consequência à guerra com a Ucrânia.
"O americano falou que não vai aumentar a sua produção de petróleo. O Brasil não tem como aumentar a dele. Em consequência, a crise dos combustíveis deve se agravar, tá? No mundo todo. Se fosse só aqui podiam me culpar, mas é no mundo todo", disse no "cercadinho" do Planalto.
"A União Europeia decidiu não importar mais petróleo da Rússia. Os Estados Unidos tentaram há pouco tempo importar petróleo da Venezuela, do [Nicolás] Maduro", falou. Em seguida, Bolsonaro tornou a culpar o PT e disse ter assumido um país que enfrentava "sérios problemas".
"A Dilma [Rousseff] comprou lá fora a refinaria de Pasadena [nos Estados Unidos], que era obviamente para produzir gasolina e diesel, e era sucata. Então, nós importamos diesel de alguns países do mundo, o que encarece o preço aqui dentro", disse.
O presidente ainda afirmou estar "tentando abrir a Petrobras". A estatal, que o governo federal deseja privatizar, é constante alvo de críticas de Bolsonaro e passa por uma crise no comando.
Na semana passada, José Mauro Ferreira Coelho foi dispensado após 40 dias na presidência da Petrobras. Essa é a terceira mudança de chefia durante o governo Bolsonaro. A estatal já foi presidida também por Roberto Castello Branco e pelo general Joaquim Silva e Luna.
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