Chapa de Lula chama aumento do Auxílio Brasil de 'oportunismo eleitoral'
Os sete partidos que integram a coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas Eleições deste ano divulgaram uma nota na qual classificam como "oportunismo eleitoral" as decisões do governo federal de reajuste do Auxílio Brasil. As legendas também criticaram o vale-gás e vale-caminhoneiro, e disseram que a decisão representa "preconceito e desrespeito à inteligência do povo brasileiro".
Segundo apuração da colunista do UOL Carla Araújo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, bateu o martelo quanto à ampliação do auxílio em R$ 200, para R$ 600 por mês. No governo, o cálculo é de que o reajuste do benefício teria um custo de R$ 22 bilhões para o Tesouro.
O governo federal também deve lançar o auxílio-caminhoneiro de R$ 1.000, batizado de "Pix Caminhoneiro", para compensar a alta do diesel no Brasil. Outra ideia é dobrar o valor do auxílio-gás, hoje em R$ 53.
"Imaginar que um aumento no valor do Auxílio Brasil, do vale-gás e um vale caminhoneiro a 100 dias da eleição vão comprar a consciência e o voto da população não é apenas oportunismo eleitoral: é preconceito e desrespeito à inteligência do povo brasileiro", diz a nota assinada pelos presidentes nacionais do PT, PSB, PCdoB, PSOL, PV, Rede e Solidariedade.
Hoje, o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou o valor, mas não oficializou o aumento, durante discurso feito em evento realizado hoje em João Pessoa (PB): "Vivemos momentos difíceis no mundo. Uma inflação, aumento de preços, que atinge o mundo todo. Como a imprensa está anunciando que o Auxílio Brasil vai passar de R$ 400 para R$ 600. Só aqui na Paraíba mais de R$ 1,5 milhão recebem o Auxílio Brasil", disse.
Durante a cerimônia, Bolsonaro também traçou comparação com o extinto Bolsa Família - um programa de transferência de renda criado na gestão Lula.
"E, diferentemente, do Bolsa Família... Lá atrás, com o Bolsa Família, quem fosse trabalhar perdia o benefício. Com o Auxílio Brasil pode trabalhar que não vai perder", afirmou.
A prática, porém, é diferente. O benefício atual continua por dois anos, mas não indefinidamente, e depende do salário que o trabalhador recebe.
No caso do Auxílio Brasil, a regra de emancipação dá aos beneficiários a possibilidade de permanecerem no programa desde que a renda familiar mensal por pessoa não supere R$ 525 — duas vezes e meia o valor que limita a linha da pobreza (R$ 210). Essa possibilidade é válida tanto para contratados com carteira assinada quanto para autônomos.
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