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Servidores do Banco Central decidem manter greve até 4 de julho

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Edifício-Sede do Banco Central em Brasília Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

28/06/2022 18h06Atualizada em 28/06/2022 18h49

Os servidores do BC (Banco Central) anunciaram hoje que continuarão em greve até pelo menos o dia 4 de julho, o último dia em que é possível conceder reajuste salarial pela Lei de Responsabilidade Fiscal —essa é a principal pauta dos trabalhadores.

Também nessa data, os servidores farão um ato nacional pela valorização da carreira e "contra o desrespeito por parte do senhor Roberto Campos Neto em relação às demandas", presidente do BC.

Os funcionários afirmam que o serviço do Pix não será afetado pela paralisação, mas que a greve continuará causando transtornos na divulgação da Ptax, a taxa de câmbio calculada diariamente pelo BC.

Outros processos do banco que são impactados pela greve, segundo os trabalhadores, são as assinaturas de processos de autorização, realização de eventos e reuniões com o sistema financeiro.

A paralisação dos servidores começou em abril e permanece apesar do governo federal ter dito que não concederá reajuste salarial este ano, o que o próprio presidente do BC já havia compartilhado com os funcionários.

Antes do anúncio, a intenção do presidente Jair Bolsonaro (PL) era dar reajuste apenas a policiais federais, policiais rodoviários e agentes penitenciários, na expectativa de conter movimentos grevistas e alavancar sua popularidade nessas categorias para as eleições deste ano. Esses funcionários fazem parte da base mais fiel ao presidente.

Os trabalhadores, então, reduziram quanto de aumento pediam e apresentaram outras demandas, como ensino superior para todos os cargos. Os grevistas se dizem insatisfeitos com a falta de atenção do governo e do alto escalão do BC.