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Filha será indenizada após pai demiti-la por criticar Bolsonaro nas redes

O presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília  - Adriano Machado/Reuters
O presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

09/08/2022 19h19

Uma ex-trabalhadora da Grupo Popular LTDA será indenizada após ser demitida por fazer postagens contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas redes sociais. Brunna Venancio é filha de um dos sócios da empresa e recebeu áudios do pai alertando de suas "posições antagônicas" antes de ser desligada.

Ao todo, ela receberá R$ 123.811,49 em indenização por demissão sem justa causa e outros benefícios que deixou de ganhar enquanto estava no trabalho, como 13º salário e férias. O caso foi recebido na 8ª Vara do Trabalho de Macapá, no Amapá.

Áudios gravados no celular foram utilizados para comprovar que Brunna foi vítima de preconceito político no local de trabalho. Em um deles, o pai dela disse que estava falando "com plena consciência do que estou fazendo".

"Não estou com raiva, eu estou irado, ta (sic) irado com suas posições, com as suas manifestações, já que as redes sociais é (sic) suas 'cê' faça o que quiser, pois continue fazendo, só que agora quem manda na empresa quem é o dono desse negócio sou eu, tá certo? E não vou te aceitar mais, cabou (sic)".

Em outro, o sócio alerta que ela deve "respeitar quem está do outro lado, suas posições políticas não se esqueça que eu tenho posições antagônicas".

Brunna Venancio entrou na empresa em 2018 e ficou até outubro de 2021.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informava a primeira versão do texto, o caso foi julgado na 8ª Vara do Trabalho de Macapá. A informação foi corrigida.