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Gasolina cai; leite, comida e diesel sobem: veja dança dos preços deste ano

Leite teve aumento de 79,79% neste ano, segundo IPCA-15 - FangXiaNuo/Getty Images/iStockphoto
Leite teve aumento de 79,79% neste ano, segundo IPCA-15 Imagem: FangXiaNuo/Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

24/08/2022 12h46Atualizada em 24/08/2022 15h57

O leite longa vida (79,79%), o diesel (37,28%) e itens de alimentação (como legumes, frutas e feijão) estão entre os que mais pesaram no bolso do brasileiro de janeiro a agosto deste ano, de acordo com o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15) de agosto, indicador conhecido como prévia da inflação.

Os destaques entre as maiores baixas são energia elétrica (-20,12%), etanol (-19,20%) e gasolina (-14,91%).

O que está acontecendo? Especialistas ouvidos pelo UOL dizem que o aumento do preço do leite foi influenciado por fatores como entressafra, preço dos alimentos e da ração, custo dos fertilizantes e preço do diesel.

Os altos custos de produção também justificam o aumento do preço dos alimentos — incluindo do diesel, usado nos caminhões que fazem o transporte das frutas, e dos fertilizantes, que ficaram mais caros com a guerra entre Rússia e Ucrânia, já que os dois países são grandes exportadores de insumos agrícolas.

Já a queda nos preços da energia, etanol e gasolina está relacionada à redução da alíquota de ICMS nestes serviços. No caso da luz elétrica, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou revisões tarifárias extraordinárias de diversas distribuidoras que operam em áreas de abrangência do índice, reduzindo as tarifas a partir de 13 de julho.

Maiores altas (janeiro a agosto)

  • Leite longa vida: 79,79%
  • Pepino: 78,61%
  • Melão: 64,16%
  • Morango: 60,49%
  • Cebola: 56,57%
  • Melancia: 50,93%
  • Manga: 47,88%
  • Óleo diesel: 37,28%
  • Alimento infantil: 34,49%
  • Feijão-carioca (rajado): 33,99%

Maiores baixas (janeiro a agosto)

  • Laranja-lima: -26,79%
  • Tomate: -20,96%
  • Energia elétrica residencial: -20,12%
  • Etanol: -19,20%
  • Limão: -17,98%
  • Carne de carneiro: -17,39%
  • Abacate: -16,80%
  • Gasolina: -14,91%
  • Banana-maçã: -12,59%
  • Pimentão: -12,08%

Preços nos últimos 12 meses

Nos últimos 12 meses, os destaques entre as maiores altas são passagem aérea (75,34%), leite longa vida (69,73%) e diesel (58,81%).

Entre as dez maiores baixas, se destacam a energia elétrica residencial e o arroz.

Maiores altas (agosto de 2021 a agosto de 2022)

  • Mamão: 85,02%
  • Cebola: 79,98%
  • Passagem aérea: 75,34%
  • Melancia: 71,19%
  • Leite longa vida: 69,73%
  • Melão: 63,32%
  • Óleo diesel: 58,81%
  • Café moído: 53,22%
  • Tangerina: 48,89%
  • Transporte por aplicativo: 48,8%

Maiores baixas (agosto de 2021 a agosto de 2022)

  • Carne de carneiro: -19,26%
  • Abobrinha: -14,03%
  • Energia elétrica residencial: -12,37%
  • Feijão-preto: -12,22%
  • Limão: -10,41%
  • Console de videogame: -8,01%
  • Coentro: -7,55%
  • Saco para lixo: -7,47%
  • Arroz: -6,59%
  • Açaí (emulsão): -6,55%

Como é calculado o IPCA-15?

De acordo com o IBGE, a pesquisa de preços foi feita entre 14 de julho e 12 de agosto de 2022. Os resultados foram comparados aos preços vigentes entre 14 de junho e 13 de julho de 2022.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.