Black Friday: onde surgiu, quando acontece e de onde vem esse nome?
A Black Friday ("Sexta-feira Negra", em tradução livre) nasceu nos Estados Unidos e hoje é adotada em vários países do mundo — incluindo o Brasil. A data de promoções tem como objetivo aquecer o consumo no final do ano e marca o início do período de compras para o Natal, que costuma ser muito lucrativo para o comércio.
No Brasil, a Black Friday se consolidou a partir de 2012, quando grandes marcas do comércio eletrônico passaram a aproveitá-la para fazer promoções. Mas quando é a Black Friday de 2022 no Brasil? Onde surgiu? Por que a data ganhou esse nome? Veja abaixo as respostas:
Quando é a Black Friday de 2022? A data de promoções ocorre sempre após o Dia de Ação de Graças ("Thanksgiving Day", em inglês), comemorado todos os anos na quarta quinta-feira do mês de novembro. A data não é muito celebrada no Brasil, mas é tradicional nos Estados Unidos e no Canadá, e é marcada por festas e orações em agradecimento aos bons acontecimentos do ano.
Em 2022, a Dia de Ação de Graças acontece em 24 de novembro. A Black Friday deste ano, portanto, será no dia 25 de novembro. Mas muitas promoções já começaram no país.
Como aproveitar o evento? Para aproveitar o período de compras, é necessário tomar alguns cuidados. Todos os anos, porém, são comuns relatos nas redes sociais sobre "falsos descontos" e golpes — o que motivou a criação do apelido "black fraude".
Caso o consumidor identifique que alguma promoção é enganosa (como a loja aumentar o preço pouco antes do produto entrar em promoção), a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública) orienta que o consumidor faça uma denúncia no Procon do seu estado.
Quem procura bons descontos precisa começar a pesquisar os preços dos produtos com antecedência. O consumidor também pode checar buscadores de preço, que mostram qual era o valor do produto estava há alguns meses. Isto ajuda a saber se o valor cobrado está em promoção de fato ou não.
A origem do nome
Há ao menos três teorias para a origem do nome "Black Friday":
"Crash" no ouro. O primeiro registro do uso da expressão é do século 19, ainda sem relação com consumo e compras. Em 1869, quando o ouro era a moeda usada no comércio internacional, dois investidores norte-americanos — Jay Gould e James Fisk — resolveram criar um esquema ilegal para comprar todo metal precioso disponível no país, dominando o mercado e fazendo o preço disparar.
Quando o presidente Ulysses S. Grant descobriu o esquema, ordenou que o Tesouro dos EUA vendesse US$ 4 milhões em ouro que tinha em estoque. No dia seguinte, o preço do metal caiu drasticamente, o que acabou com o plano de Gould e Fisk, mas também levou muitas empresas à falência. A data — uma sexta-feira — ficou conhecida, então, como Black Friday.
Policiais da Filadélfia. Já a primeira vez que o nome foi atribuído ao feriado de Ação de Graças foi na década de 1960. O termo "Black Friday" teria sido criado por policiais da Filadélfia, no estado da Pensilvânia, para descrever o caos causado pelo grande número de pessoas que chegavam à cidade para fazer suas compras de Natal.
Com a multidão, eram registrados mais casos de acidentes de carro, roubos de loja etc, o que obrigava os policiais a trabalharem mais. Foi aí que os oficiais passaram a chamar a data de "sexta-feira negra" — uma associação racista entre a cor da pele dos negros à violência.
É por conta dessa teoria que algumas empresas, como o Grupo Boticário, abandonaram o termo "Black Friday" no Brasil.
Do "vermelho" ao "preto". Foi só a partir da década de 1980 que o termo ganhou a conotação positiva que tem hoje nos EUA e no mundo.
Não se sabe ao certo quando a narrativa começou, mas foi nessa época que lojistas passaram a relacionar o nome às cores das canetas usadas nos livros contábeis nos EUA, já que a Black Friday é a data em que o comércio teoricamente sai do prejuízo (vermelho) e volta a lucrar (preto).
A explicação faz mais sentido em inglês do que em português, uma vez que, no Brasil, usamos a cor azul para expressar saldos positivos — como na frase "a empresa fechou o ano no azul", por exemplo.
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