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Presidente do Sebrae é acusado de assédio a funcionários, diz site

O ex-deputado e presidente do Sebrae, Carlos Melles - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
O ex-deputado e presidente do Sebrae, Carlos Melles Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

28/11/2022 21h33Atualizada em 28/11/2022 21h59

Carlos Melles, presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e em tentativa de reeleição, é acusado de assédio moral contra os funcionários. A maioria dos relatos foi feita por mulheres e uma apuração interna da entidade foi aberta na semana passada. As informações são do site Metrópoles.

Apesar do início de investigação, o Sebrae decidiu manter a data para a eleição do Conselho Deliberativo, que ocorrerá amanhã. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), havia pedido o adiamento da eleição para fevereiro de 2023, o que foi negado pelo Serviço. A eleição da presidência do Sebrae é decisão dos 15 conselheiros titulares.

Algumas denúncias foram gravadas, já que ocorreram em videochamadas. Em certo trechos, divulgados pelo Metrópoles, Melles teria chamado os funcionários de termos como "tagarela", "mole", "teimosa" e "bicuda". Em um momento, ele teria dito a uma trabalhadora que ela é uma "advogada mais ou menos".

Imagens obtidas pelo site Capital Digital têm Melles rebatendo um funcionário: "Eu te perguntei alguma coisa? Você fala pra cacete".

Em um bate boca, uma trabalhadora alega que o presidente desrespeitou todos os presentes, então Melles retruca: "Para com isso, puta que pariu. Não dê palpite, não. Para pôr defeito, chega a menina ali".

Em contato com o Metrópoles, o presidente nacional do Sebrae disse que os trechos foram "totalmente descontextualizados, para construir uma narrativa baseada na mentira" e não há "amparo na realidade".

Ao UOL, a entidade afirmou que tomou conhecimento das denúncias em 19 de novembro e, após dois dias, instaurou uma apuração interna, que "seguirá o rito previsto no Regimento Interno da Comissão de Ética do Sebrae - normativo esse que baliza os processos instaurados para apuração de deslizes éticos de diretores e de colaboradores da instituição - e na sua tramitação, como sempre, serão asseguradas aos eventuais investigados as garantias do contraditório e ampla defesa".

O UOL tenta contato com Melles.