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Será um governo de alta intensidade em reformas, diz Haddad na Fiesp

Marielly Campos

Colaboração para UOL, em São Paulo

30/01/2023 13h11Atualizada em 30/01/2023 15h23

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou hoje em reunião junto à mesa diretora da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que as agendas fiscal, regulatória e de crédito serão as prioridades da pasta nos próximos meses.

Ao discursar para o grupo, ele classificou o período de transição entre a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a atual, do presidente Lula (PT), como "intenso", se comparado a outros períodos de transição de que já participou.

Haddad afirmou que muitos procuraram respostas rápidas para algumas questões, "como se o governo atual devesse dar conta dos problemas herdados do passado recente e do passado longínquo", disse.

Não será assim, mas será um governo de alta intensidade do ponto de vista das reformas necessárias para fazer esse país andar", completou.

Para ele, os ânimos até agora mais exaltados estão se acalmando e há uma insegurança natural nestes primeiros dias, passados 20 anos da posse do primeiro governo Lula (PT).

Agenda correta. Haddad disse que vê uma "enorme oportunidade" na agenda fiscal que consiste em, primeiramente, aprovar a "Reforma Tributária e o novo arcabouço fiscal, que já vai pacificar o Brasil em um front delicado".

O ministro disse que é preciso sair da agenda de curtíssimo prazo e seguir para uma estratégia de desenvolvimento que o país não tem há muitos anos.

Crédito. Antes do encontro com os industriais, Haddad se reuniu com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e revelou aos presentes que parte desta conversa foi referente a crédito.

"Temos muito o que fazer em relação ao crédito" e se comprometeu ainda a desengavetar as agendas relativas ao tema que estavam paradas no Executivo.

Oportunidades. Haddad afirmou também que está entusiasmado com a reindustrialização do país e que esta pode ser reconstituída a partir de bases sustentáveis, uma vez que o Brasil é um "dos maiores produtores de energia limpa do mundo. O mundo inteiro está atrás de energia limpa", declarou.

Isso pode ser um forte componente de atração de investimentos estrangeiros no Brasil e de reindustrialização do capital nacional se nos tomarmos algumas medidas centrais para pensar o reposicionamento da indústria na nossa economia", disse ainda.