O presidente Lula (PT) indica que sua versão 'paz e amor' em relação ao mercado nos seus dois primeiros mandatos desapareceu. A análise é do colunista Carlos Madeiro, em participação no UOL News desta sexta. Para o jornalista, o discurso duro do petista, que vive uma queda de braço com o Banco Central, só é amenizado quando algum membro de sua equipe econômica entra na discussão.
Esse Lulinha paz em amor em relação com o mercado sumiu dos discursos e só existe na política econômica quando o [Fernando] Haddad [ministro da Fazenda] ou outro interlocutor fala que não há a intenção de mudar o Banco Central. Fica esse sentimento de que o Lula quer fazer uma sinalização a um público diferente. Ele não pode fazer isso de uma forma diferente da de 2010. Carlos Madeiro, colunista do UOL
Madeiro destacou que, em seus primeiros mandatos, Lula adotou um discurso mais atraente para os investidores para vencer a desconfiança em torno dele.
Talvez naquele momento fosse mais importante para ele, politicamente, atrair a simpatia das classes A e B, incluindo pessoas com dinheiro para investir e estrangeiros. Agora, ele tenta fazer uma sinalização, inclusive com Haddad, mandando sinais trocados. Carlos Madeiro, colunista do UOL
Josias: Mão dos partidos para acelerar ações contra Bolsonaro no TSE pode ser tiro no pé
Josias de Souza considera que a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de abrir a possibilidade de incluir novas provas em ações contra Jair Bolsonaro (PL) pode ter um efeito contrário ao esperado. Para o colunista, isto pode atrasar o processo em vez de acelerá-lo.
Qualquer pedido que venha de um partido político, se trouxer documentos que nada tenham a ver com a ação, pode representar uma protelação, e não o que todos os adversários do Bolsonaro desejam, que é apressar o julgamento. Pode ser um tiro no pé. Essa mão dos partidos pode mais atrapalhar do que ajudar. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias: Ao atribuir culpa ao BC, Lula se vacina contra eventuais resultados negativos da economia
Por trás das constantes críticas de Lula ao Banco Central, Josias vê uma estratégia do presidente para justificar um possível desempenho abaixo do esperado da economia. Na opinião do colunista, o presidente discursa para a base do seu eleitorado mais pobre ao "bater nos ricos".
É possível entender o movimento do Lula, que acena para seu eleitorado mais clássico, e está distribuindo pancadas em quem tem uma péssima imagem. Ele se vacina antecipadamente contra um eventual resultado negativo na economia nesse primeiro ano atribuindo culpas ao Banco Central. Politicamente, o presidente se equilibra entre dois objetivos: satisfazer seu eleitorado mais tradicional e mostrar logo de saída que a prioridade dele é esse brasileiro mais pobre. Josias de Souza, colunista do UOL
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