Petrobras faz novo pedido para explorar petróleo na Foz do Rio Amazonas
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) anunciou na noite deste sábado (27) que a Petrobras apresentou um novo pedido para perfuração de poço de petróleo na foz do Rio Amazonas, na costa do Amapá.
O que aconteceu?
O pedido da Petrobras foi feito na última quinta-feira (25), segundo o Ibama.
Formalmente, a Petrobras reapresentou o Pedido de Expedição de Licença Ambiental do Bloco FZA-M-59.
O poço fica na chamada Margem Equatorial Brasileira, nova fronteira de exploração petrolífera entre as costas do Amapá e do Rio Grande do Norte, nos litorais das regiões Norte e Nordeste.
Não há prazo para que o Ibama analise o recurso da Petrobras. Segundo o órgão, há um prazo de 1 ano para a análise de todo o processo ligado ao Estudo de Impacto Ambiental do projeto.
Negativa abriu racha no governo
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, decidiu negar o pedido de licença da Petrobras no dia 17 de maio.
Ele acompanhou parecer emitido no final de abriu pelo corpo técnico do Ibama, que apontou uma série de problemas e fragilidades no plano de contenção de acidentes apresentado pela estatal.
Agostinho é aliado da ministra Marina Silva (Meio Ambiente), que também é crítica a ideia de explorar petróleo na foz do Rio Amazonas.
O presidente Lula não garantiu que a decisão do Ibama será mantida. Ele falou rapidamente sobre o tema durante a cúpula do G7, no Japão.
"Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é 530 km de distância da Amazônia. Mas eu só posso saber quando eu chegar lá [no Brasil]
Luiz Inácio Lula da Silva, em 22 de maio
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também subiu o tom contra a decisão.
"É inadmissível que nós não possamos equilibrar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social e a questão ambiental nesse país"
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia
O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), deixou a Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, em protesto contra a decisão do Ibama.
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