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Petrobras faz novo pedido para explorar petróleo na Foz do Rio Amazonas

Foto aérea de pororoca na foz do Rio Amazonas feita durante a expedição Corais da Amazônia (2018), do Greenpeace, na costa do Amapá - Marizilda Cruppe/Greenpeace
Foto aérea de pororoca na foz do Rio Amazonas feita durante a expedição Corais da Amazônia (2018), do Greenpeace, na costa do Amapá Imagem: Marizilda Cruppe/Greenpeace

Do UOL, no Rio

27/05/2023 19h18

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) anunciou na noite deste sábado (27) que a Petrobras apresentou um novo pedido para perfuração de poço de petróleo na foz do Rio Amazonas, na costa do Amapá.

O que aconteceu?

O pedido da Petrobras foi feito na última quinta-feira (25), segundo o Ibama.

Formalmente, a Petrobras reapresentou o Pedido de Expedição de Licença Ambiental do Bloco FZA-M-59.

O poço fica na chamada Margem Equatorial Brasileira, nova fronteira de exploração petrolífera entre as costas do Amapá e do Rio Grande do Norte, nos litorais das regiões Norte e Nordeste.

Não há prazo para que o Ibama analise o recurso da Petrobras. Segundo o órgão, há um prazo de 1 ano para a análise de todo o processo ligado ao Estudo de Impacto Ambiental do projeto.

Negativa abriu racha no governo

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, decidiu negar o pedido de licença da Petrobras no dia 17 de maio.

Ele acompanhou parecer emitido no final de abriu pelo corpo técnico do Ibama, que apontou uma série de problemas e fragilidades no plano de contenção de acidentes apresentado pela estatal.

Agostinho é aliado da ministra Marina Silva (Meio Ambiente), que também é crítica a ideia de explorar petróleo na foz do Rio Amazonas.

O presidente Lula não garantiu que a decisão do Ibama será mantida. Ele falou rapidamente sobre o tema durante a cúpula do G7, no Japão.

"Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é 530 km de distância da Amazônia. Mas eu só posso saber quando eu chegar lá [no Brasil]
Luiz Inácio Lula da Silva, em 22 de maio

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também subiu o tom contra a decisão.

"É inadmissível que nós não possamos equilibrar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social e a questão ambiental nesse país"
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), deixou a Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, em protesto contra a decisão do Ibama.