Brasil vai adotar meta contínua de inflação a partir de 2025, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que o Brasil adotará a meta contínua de inflação a partir de 2025.
Mudança no sistema de metas
A meta para 2026 foi mantida em 3% pelo CMN. É a mesma estabelecida para 2024 e 2025, com 1,5 de intervalo ponto percentual de tolerância para mais ou para menos, de acordo com anúncio feito hoje pelo Conselho Monetário Nacional. A meta de inflação para 2023 é de 3,25%.
Governo decidiu adotar uma meta contínua para inflação. A novidade começa a valer apenas em 2025, quando mudará a presidência do Banco Central. O mandato de Roberto Campos Neto termina em 2024.
A meta contínua é vista como mais eficiente que o modelo atual, de ano-calendário. Pelo sistema vigente, o Banco Central precisa entregar a inflação no intervalo permitido para o período de janeiro a dezembro.
Com o regime contínuo, o país passa a perseguir uma meta permanente de inflação. O prazo de convergência deverá ser definido de forma técnica pelo Banco Central. O conceito é adotado em diversos países do mundo, inclusive nos Estados Unidos.
Haddad disse que foi decidido manter a meta em 3% devido aos indicadores econômicos. Ele disse que a projeção para o IPCA de 2025 já está praticamente em 3,0% e que o BC já comunicou que projeção de inflação de 2025 da autoridade monetária já está em 3,1%.
Não nos cabia, neste momento, uma alteração que pudesse, para baixo implicar em um aperto monetário ainda maior, e para cima sinalizar um descompromisso com o combate à inflação, em um momento que a inflação demonstra uma trajetória consistente.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
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