CadÚnico: mais de 600 mil mortos são excluídos do sistema, diz governo
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou hoje que foram excluídas 603.827 mil pessoas que já morreram, mas que estavam inscritas no CadÚnico (Cadastro Único).
O que aconteceu:
As mais de 600 mil pessoas que constavam no sistema, apesar de mortas, não receberam benefícios do governo federal. Logo, não houve impacto na folha de pagamento dos programas sociais ofertados, segundo a pasta.
O presidente Lula (PT) já havia avisado que passaria um pente fino no CadÚnico. Em março, ao relançar o Bolsa Família, o petista destacou que os dados do sistema estavam defasados.
Conforme o UOL mostrou em maio, uma auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) identificou um milhão de pessoas que morreram, mas que constavam como ativas no CadÚnico em 2022, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Em abril, o governo Lula informou que havia excluído 606 mil mortos do sistema. São pessoas com indicativo de óbito que não atualizaram o CadÚnico em pelo menos 12 meses.
A base de dados do CadÚnico é utilizada por 28 programas do governo federal para seleção de pessoas para a concessão de benefícios — entre eles o Bolsa Família, que alcança milhões de famílias pobres.
Novas famílias incluídas
Ao todo, 1,3 milhão de novos beneficiários foram incluídos no Bolsa Família desde março de 2023, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.
Segundo a pasta, foi realizada uma "busca ativa" para encontrar famílias que preenchem os requisitos para terem acesso ao programa.
Por fim, o governo também divulgou que 20,5 mil pessoas pediram voluntariamente para deixar o programa assistencial.
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