Josias: Governo arrisca precisar socorrer Petrobras após mudança nos preços
O colunista do UOL Josias de Souza avaliou que a mudança na política dos preços de combustíveis pode forçar o governo Lula a socorrer a Petrobras.
Está havendo uma dissonância entre a nova política abrasileirada do preço da gasolina com a realidade do mercado internacional. Ela aparece na forma de um lucro menor da Petrobras. Quando isso ocorre, ela distribui menos dividendos, dos quais a União é a maior beneficiária. O governo deixa de receber dinheiro da Petrobras e corre o risco de socorrê-la se esse buraco aumentar. Josias de Souza, colunista do UOL
No UOL News, Josias explicou que o abrasileiramento dos preços gerou uma "previsível defasagem" interna, o que forçou a Petrobras a subsidiar o consumo de combustíveis no país - e gerou a queda nos lucros da estatal. O colunista alertou que algo parecido foi feito durante o governo Dilma Rousseff, com resultados ruins.
Essa promessa de abrasileirar o preço da gasolina não é novidade e produziu um rombo de R$ 133 bilhões na Petrobras. (...) É um problema previsível que surge por não haver formas de administrar artificialmente o preço dos combustíveis. Isso tem um custo: a redução no lucro da empresa e, eventualmente se essa política for levada às últimas consequências, o custo será um aporte do Tesouro Nacional para socorrê-la. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias: Governo recorre a gambiarra após Bolsonaro avacalhar Forças Armadas
Josias de Souza considera que o desvirtuamento das Forças Armadas sob a gestão de Jair Bolsonaro obrigou o atual governo a preparar uma mudança na legislação para casos de crises de segurança. O colunista explicou como o ex-presidente "adotou uma interpretação miliciana" do artigo 142 da Constituição, que define o papel das Forças Armadas.
É tudo uma gambiarra que não seria necessária se não fosse o desvirtuamento que o Bolsonaro produziu nas Forças Armadas. Para corrigir isto, recorremos a uma gambiarra para alterar uma lei que vem funcionando adequadamente durante mais de 30 anos do período de redemocratização. Chegamos a esse ponto. Josias de Souza, colunista do UOL
Política de preços de combustíveis se tornou elefante na sala de Lula, diz cientista
Graziella Testa chamou a atenção para o dilema de Lula com a Petrobras. A cientista política observou que, ao subsidiar os preços dos combustíveis, o governo vai contra a pauta ambientalista com a qual se comprometeu, mas corre risco de afetar o combate à inflação sem esse aporte, o que comprometeria a popularidade do presidente.
É um grande elefante na sala de Lula. Ao mesmo tempo em que o presidente trazia uma pauta pró meio ambiente, ao mesmo tempo subsidia o consumo de combustíveis fósseis. Por outro lado, tirar esse subsídio tem um impacto relevante na inflação e na popularidade do presidente, que é muito alta. Esse é um dilema que não foi muito bem enfrentado por Lula. Graziella Testa, cientista política
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